segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

pompeia e capri

Dia 19 de setembro
Estou no ônibus. Sempre duas pessoas atrasam. Ana pacientemente nos oferece um saco com um lunch. Suco de laranja, croissant, queijo, torrada. Ainda está escuro e tento dormir mais um pouco.



Pompéia fica distante a 22 km de Nápoles e foi destruída pelo Vulcão Vesúvio no ano de 79 d.C. Passamos pelo Vesúvio e ele parece ser tão insignificante, uma montanha normal. O Vesúvio se transformou em duas montanhas pequenas. Mas, a população local tem estratégias para uma fuga caso ele entre em erupção. Dizem que de 50 em 50 anos ele dá o ar de sua graça e já faz tempo que ele está manso. Chegamos a Pompéia e somos encaminhados para um restaurante que nos serve um belo café da manhã. As cadeiras são de um estofado florido muito bonito. As toalhas sempre de tecido adamascado. Uma menina pede água quente para o chá que trouxe e até entenderem o que ela quer foi difícil. Rimos com este episódio... Em seguida a guia se apresenta e lá vamos nós conhecer a bela cidade adormecida até o sec. XVI onde um projeto para canalizar o rio Sarno sob o comando do conde Muzio Tuttavilla descobriu uma parte decorada. Em 1748 trabalhos sob o império de Charles de Bourbon iniciaram o projeto de recuperação das ruínas.







Corpos refeitos como foram encontrados. A cidade era extremamente organizada e o que podemos notar que era bem sensual e vivia do comércio. Suas ruas eram propositalmente feitas para que as carruagens dos outros povos não pudessem circular pela cidade, obrigando-os a alugar e dificultar a entrada dos inimigos.



Imagino como aqueles povos, primeiramente os etruscos e depois os romanos viveram naquele lugar. Parece que ainda existe vida aí. As colunas falam e as paredes também. Impossível não se emocionar com a força que emana daqui.



Em Pompéia foram encontrados grafites.




Conselhos:
Viva quem ama, morra quem não sabe amar! Morra duas vezes mais quem proíbe o amor!”

“ Se alguém aqui repreender os enamorados, que faça também cessar os ventos e proíba correrem as águas de uma fonte

“Quem ama não deve banhar-se em fontes quentes, pois ninguém que foi escaldado pode amar as chamas.”


Afresco  que resistiu à destruição.
Arrependi-me de não ter comprado uns cartões eróticos. A guia nos explica tudo, as termas, as casas com sua arquitetura, a parte residencial e a comercial, os jardins, etc.

Abaixo uma pizzaria


Gostaram?

Este é Priape, com enorme falo encontrado na entrada da casa e que era um símbolo que propiciava a riqueza.





Bom, o passeio terminou em Pompéia. Rumo a Nápoles e depois Capri. Tour panorâmico por Nápoles onde nosso guia (para cada lugar um guia específico com sabedoria do assunto chega e sai com a maior rapidez) se junta a nós. E’ um rapaz napolitano que lembra os cariocas. Ana salta antes para comprar os bilhetes do barco tipo Niterói. E’ uma cidade litorânea e que tem seu encanto. Não deu tempo para conhecê-la.


Subimos para o barco e fico lá em cima para ver a vista. Venta bastante e penso na volta fico lá embaixo que estará frio. A visão é maravilhosa, tanto de Nápoles se afastando quanto de Capri se aproximando. Um homem vende sacolas da Capri, arrependo-me de não ter comprado. Serviria para ir à praia. Hoje é sábado e lembro-me da poesia de Manoel Bandeira, porque hoje é sábado. Só com minhas reflexões, penso nas meninas. Será que no Rio está fazendo sol? Elas foram à praia? E Dani com a festa? Ninguém pode imaginar como Capri é bonito. Beleza natural. Nunca vi uma água tão azul... Não é lindo? Agradeço o dia lindo para aproveitarmos.








Saltamos da embarcação e tomamos uma menor que circundará um pouco a ilha nos levando a ver as grutas, e as escarpas. O guia a debochar mostrando os iates e casas “dos pobrezitos de Capri”. Nos iates meninas e moças fazem top less. Não pudemos entrar na gruta azul porque a maré estava alta e a embarcação é bem maior das que vocês estão vendo abaixo. Ficaríamos lá entalados. Mas, preciso suspender minha respiração. Como é belo!!! Repito para mim. Como a água é azul e límpida!!! E ’o Mediterrâneo. A pérola do Mediterrâneo.


Retornamos ao cais e surpreendentemente devolvem a carteira para o equatoriano que a perde pela segunda vez. Ele está com a esposa na excursão, são jovens, mas são eles que sempre nos atrasam. Falo com a esposa dele. E’ um aviso. Ela ri. Devo dizer que eu falava com todo mundo na excursão.

Tomamos um micro ônibus que nos leva para cima e para o almoço. “Não tomem o lemoncello (é uma espécie da nossa cachaça, aliás, como eles produzem muito limão até perfumes fazem) é pago e caro. Eles não estão dando. Lembrem-se não está incluído. Escolham o risoto e as lulas fritas” Recado do guia napolitano com as calças jeans lá embaixo. Tem muito bom humor. Não parece um carioca?
Assim é o caminho cheio de micro ônibus e carros enormes.Já pensaram, como funciona? O movimento nas ladeiras é uma loucura. Os poucos carros que por lá circulam são enormes e quase ocupam a rua inteira. Normalmente são conversíveis. Parece que são taxis.


Este passeio é à parte, preço salgado, mas está valendo a pena. A brasileira com cara de dor barriga não veio. Surpreendo-me falando para as mexicanas: Não tenho mais tempo para depois.

O almoço fica numa casa no meio da subida e é extremamente alegre. Todos estão felizes com o sol e com aquele lugar onde só mora milionário. São dois mundos. Isto percebi. O deles e o nosso, classe média que junta os vinténs para viajar. Outras excursões chegam e lá aparecem os dois casais portugueses. Vocês se lembram deles? A neta de um deles sempre sorri quando me vê. Deve ter uns 10 anos e eu falei que ela tinha uns olhos verdes lindos. Todos pedimos cerveja bem gelada. Até a mexicana com os cílios postiços enormes e sempre borrados. Mas, extremamente delicada com sua filha.
Os garçons realmente oferecem o lemoncello, mas ninguém aceita. Lá vem, o guia outra vez e fala no lemoncello. Está com uma garrafa de cerveja na mão e nos pede desculpas porque está trabalhando, mas que com aquele sol e em Capri e depois teremos tarde livre, ele estará dispensado. Sorrimos e batemos palmas... .Pode tomar todas as cervejas. Outro micro ônibus nos leva até o alto de Capri. Entramos numa loja onde o lemoncello é servido. Gostoso, achei. Servem em copinhos de café. Tomei uns três bem geladinhos.

Chegamos ao alto e recebemos bilhetes para a volta do fonicular. Resolvo ficar só e circulo pelas ruas. Lojas de grife. Lojas de perfumes feitos com limão. São gostosos, super caros. Não compro. Lá no alto existe o Jardim de Augusto onde se tem uma visão deslumbrante de Capri. Sobe-se escadas, ladeiras e me deparo com lindos hotéis cinematográficos. Diária? Mil euros... E’ claro aqui só os pobrezitos vivem. Nós os turistas apenas passamos, passeamos e...







Lá vamos nós embora... Com a alma repleta deste azul que contrasta com as habitações brancas. Ainda bem que vim porque será que ainda voltarei? Na estação do fonicular uma grande confusão se estabelece porque todo o turista tem hora para voltar e os bilhetes não abrem as portas. Uma das mexicanas insiste em passar um bilhete que quando olho é do Vaticano. Rimos muito, mas a fila continua a crescer e a irritação dos turistas também. Chega um guarda que passa um bilhete, a porta se abre e todos passam pela roleta. E lá vamos nós descendo...



Embaixo várias lojinhas vendem souvenirs. Não combina com o luxo de Capri, mas eles precisam sobreviver com os turistas. Quero comprar uma blusa para mim e o vendedor se invoca porque não me deixa experimentar. Procuro outra loja e compro uma branca, uma preta e duas com gatinhos sorrindo, felizes, chorando, tímidos, emburrados, etc, para minhas netinas.




Volta pela embarcação escolho a parte de baixo. Ana chega com sua amiga guia da excursão dos portugueses que enjoa e passa mal durante na viagem. Pode uma guia enjoar? Deve ser horrível para ela.

Entramos no ônibus de volta mas antes paramos para jantar. Vocês se lembram do equatoriano que perdeu a carteira? Pois é. Ele tomou tanto lemoncello que sentado ao meu lado não dizia coisa com coisa e sua cabeça foi difícil de segurar. Sempre acabava dentro do prato dele, é claro.... Lembrei-me do quadro da cabeça de São João Batista. Vocês ainda se lembram? Ele acabou degolado por tanto limão e açucar. Mas, quem de nós nunca sofreu deste mal?

Mais pasta com carne e vinho oferecido pela excursão. A qualidade do vinho não era ótima, mas comparada ao do Brasil, super ótima.

Preciso dormir. Chego à Roma. Amanhã é outro dia. Tento ligar para o Marcio. Desisto. Rezo para que tudo corra bem e desejo em pensamento um ótimo aniversário para ele.






sábado, 26 de dezembro de 2009

Primeiro dia em Roma

Estou em Roma, mas pela manhã se não fosse pela língua e comida nenhuma diferença faria de outro lugar. Os hotéis sempre ficam na periferia. Cedo acordamos e no ônibus mais uma visita panorâmica. Significa que não saltamos. Uma guia nos espera e nos apresenta Roma com a história romana do Coliseu, Circo Massimo, Praça Veneza, colina do Capitólio, Foros Imperiais. Tudo é muito rápido porque temos que entrar no Vaticano às 11 horas. Mas, agora me sinto em Roma. Antes, a guia nos dirige à loja do Vaticano que vende tudo muito caro. Até diploma para provar que lá estivemos. Para que quero isso? Ficarei em Roma mais tempo. Depois com calma eu compro o que precisar. Preciso ir ao banheiro.


Capela Sistina? Deslumbrante... Filas de turistas... A guia nos explica tudo, inclusive que Miguel Ângelo morreu na miséria porque não pagaram a ele. E que o azul (lápis-lazúli) da pintura ele falou que só usaria se o Vaticano comprasse, porque tudo antes saíra do seu bolso. Claro está que o pescoço fica duro de tanto olhar para cima, mas vale à pena. Abaixo o teto. Deveria colocar acima para olharem para o alto...








Abaixo, um dos motivos da Capela.


Percorremos o Museu do Vaticano e depois rumo à Basílica de São Pedro. Enorme. Com a arquitetura a representar os braços que nos abraçam. A “Pietá” linda precisa ser admirada de maior distância depois que aquele maluco a cortou e a protegeram com vidros à prova de tudo.





Pombos e turistas insistem em invadir a Europa. Mas o que falo se também sou turista? Preciso respirar um pouco. Preciso codificar todas essas informações. E... Respirar... Não tenho tempo para separar o que sinto o que vejo o que espero. Preciso de uma máquina digital para registrar o que vejo. À tarde é tempo livre e vou até à Piazza Veneza e percorro as ruas por perto e não a encontro. Pergunto a um vendedor de uma loja e ele me explica. Tomo o metro e vou até onde ele me indica. Mas, desisto... Começo a achar que ele me fez de otária. Volto para o centro da cidade e o que me espanta é que caminho facilmente por Roma. Também depois do emaranhado de Paris. Aprende-se e minha orientação espacial não é tão ruim assim como pensava... Preciso assinalar que nunca tomei tantos gelattos e cappuccinos como aqui na Itália. Não podia perder muito tempo, assim ia caminhando. Meus hábitos todos se modificaram... Não comi um só dia banana. São horríveis. Como croissants, queijos e tudo que pode engordar... Mas, ???

Já cansada no final da noite tomei o metro até a estação que me recomendaram, saltei e lá fui para o ponto de ônibus que me indicaram. Este, como demorou... Aos poucos hóspedes do mesmo hotel começaram a chegar o que me tranqüilizou porque não sabia ao certo onde saltar. Todos com cara de exauridos, cansados. Bem que Ana, a guia avisa: “vida de turista é cansativa”. Mas, tinha o cartão do hotel. E os motoristas italianos são extremamente pacientes. Eu disse motoristas... O pessoal do hotel... Alguns super amáveis, outros atacados.

Resolvi subir para o restaurante e jantar... Peço uma pasta. E para variar um vinho... Cansada, exausta. Será que agüentarei o resto? Esqueci de dizer que amanhã a alvorada é _ o ônibus sairá para Pompéia a 5,30 da manhã. Peço que o hotel me acorde, porque as tomadas aqui na Europa são diferentes e por vezes não consigo carregar o celular.

As roupas estão secando. Devo dizer que os chuveiros não são fixos e por vezes molho o banheiro. A sorte é que me dão duas toalhas. Preciso dormir e agora silenciar pés e cabeça. Vá dormir, Vera... E penso, amanhã será a festa do meu genro, Marcio. Será que minha filha conseguiu providenciar tudo? E meu celular sem bateria. Vá dormir, Vera. Silencie sua mente que amanhã é outro dia. Mas, que você está com saudades deles está... E Luisa e Sofia como estarão? Como gostaria de viver o suficiente para viajar com elas... Mas, será que elas gostariam?


sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

assis

Dia 17 de setembro.

Café da manhã no hotel. Sento-me na mesa com mãe e filha que são mexicanas e falam espanhol. A mãe é uma figura exótica que usa sempre uns cílios postiços enormes e que estão sempre borrados. Mas, são simpáticas. Elas moram numa pequena cidade do México. Não guardo o nome. Mas, no resto da viagem elas tentaram me fazer companhia. Aliás todo mundo me achou muito corajosa por viajar só. Já nem sei mais se sou isto ou maluca...Mas que estou me divertindo, aprendendo coisas e vivendo coisas diferentes...

Saída para Siena, Assis com chegada à Roma. Entro no ônibus e pergunto para a mexicana que torceu o pé como está. Ela ri e conversamos um pouco na pouca disposição delas entenderem o português. No entanto, tentam ser amáveis.



Chegamos em Siena. Mais uma vez ficamos no estacionamento dos ônibus. Eles não entram no centro da cidade. Aliás em Siena é impossível, apenas alguns carros. E’ um sobe e desce sem fim desembocando numa praça ampla. E’ uma cidade medieval. Uma graça, totalmente diferente de tudo que já vi. Assemelha-se com Florença, mas é bem menor e as ruelas são estreitas. Mais uma vez escuto sussurros de namoros e mulheres a cochichar na época medieval.





Pombos habitam a Itália inteira e são bem mais gordos do que os nossos. Não gosto deles, mas o que fazer? Hora de voltarmos para o ônibus e o encontro é marcado num ponto próximo para que não nos perdéssemos nas ruelas, na volta.

Gostaria de ter ficado mais com você Siena. Mas, tenho que prosseguir ... O almoço será em Assis. Primeiro preciso acalmar minha ansiedade, pois o almoço será servido. Pasta com tomate e lulas fritas. Que delícia. A comida me tranqüiliza e tomamos todos um vinho da casa. Está um belo dia.





Agora livre resolvo percorrer a igreja e só. Quero me emocionar sem testemunhas. Uma energia enorme se apossa de mim. As pessoas respeitam o silêncio. Compro sete velas e peço para mim, filhos, genro, nora e netas. Elas não podem ser acesas. Tudo é simbólico. Percorro cada centímetro querendo guardar tudo. Impossível. O dia esquenta principalmente pelas emoções, vinho e calor mesmo.

Ah, as lágrimas correm. Vocês dirão que boba que sou. Mas, não dá. Por isso quis ficar só para poder vivenciar com paz e alegria meus sentimentos e experiências. E’ necessário um certo recolhimento para se entender esta linguagem. Pelo que percebi todos na excursão admiram este santo. Alguns são protestantes e acho que outros judeus. Não perguntei. Todos compram imagens e lembranças. Lembro-me da Lea que precisa muito da ajuda dele. Compro uma lembrancinha para ela. Um azulezo escrito “Pace e Bene” é envolvido com carinho para ser transportado por avião. Mais uma vez a impressão que poderia ter mais tempo, mas nossa proxima direção é Roma. No ônibus um filme é passado. Eu já o havia visto, mas agora entendo melhor os lugares em que as cenas se dão. O nome? Sob o Sol da Toscana.

Chegada em Roma. Um belo jantar nos aguarda. Inclusive com carne de ovelha. Mais vinho, banho e é hora de arrumar um pouco a mala e lavo algumas roupas. Com shampoo Mais prático...Levei a conselho da Mica um cabide e pendurava as calcinhas e meias. Agora, lavo uma calça e blusas. Vocês estão gostando da Itália? Eu estou adorando...





Próximo capítulo: ROMA




sábado, 19 de dezembro de 2009

Dia 16 de setembro

Chegamos no centro de Florença. O ônibus nos deixa numa praça própria para estacionamento das excursões. Uma guia local nos aguarda e caminhamos a pé pela cidade. Que jóia de cidade!!!!. A porta do Paraiso é magnífica, resplandece juntamente com o Duomo da Santa Maria do Fiore. A Catedral de Santa Maria del Fiore repete a concepção de Pizza onde batistério, torre e catedral estão em blocos separados. Toda de mármore se impõe.





A porta do Paraiso é de Lorenzo Gilberti e representa antigas histórias do Antigo Testamento. E’ toda em ouro e faz parte do Batistério dedicado a São João Batista, padroeiro da cidade. E’o prédio mais antigo da cidade provavelmente do século V.



Abaixo a piazza Santa Maria Novella.




A Praça da Signoria. Florença parece sussurar segredos.






Palacio Vecchio  e abaixo a Ponte Vecchio




Mas, parar e escutar está difícil, pois existem muitas coisas a serem apreciadas. O conflito se estabele entre apreciar as obras de arte exteriores e os interiores com obras de arte. Quero tudo apreender. Sim, fatalmente terei que aqui voltar e compreender o que esta cidade tem a me dizer de tão importante. Gostaria de ficar mais alguns dias aqui para admirar com mais tranquilidade. Mas, não dá. Florença, coração de uma civilização foi o primeiro núcleo de riqueza e importância museológica no mundo. Surgiu na época pré-romana, sob as margens do Arno. O nome homenageia a deusa Flora e simbòlicamente refere-se à florescência. O lírio até hoje é o emblema da bandeira e do estandarte.

Vamos ver o “Davi”de Michelângelo. Fila para entrar. Aproveitamos e visitamos toda l’Accademia.. Estou com as mexicanas que já conseguemse divertir e interagir comigo e a brasileira sempre na dela. Depois uma chuva fina inicia e nos acomodamos dentro de um local para comermos. Mais pizza al taglio e capuccino. Encontramos uma espanhola viúva que nos conta sobre um romano que queria dar o golpe do baú. Entendi apenas o sentido da conversa porque falava rápido com as mexicanas em espanhol. Descobri que é uma cidade onde estrangeiros vão aprender o italiano porque não se tornou industrial tal como Milão ou Turim.


































Em seguida fomos para os Uffizi onde enfrentamos uma longa espera. Vários artistas reproduzem partes da cidade inclusive a Ponte Velha. Alguns fazem caricaturas. Os preços são caros. Sim, aqui dentro tudo é admirável.





Voltarei. Voltarei, voltarei. Já levo saudades comigo. Compro um livro sobre Florença que continua a florescer. Não estava ainda com a máquina e não tirei fotos. Elas estão todas gravadas na minha retina. O Mirante fica para a próxima vez. Será que existirá a próxima? A pintura  abaixo de Botticelli sempre me encantou. Representa a estação em que nasci no Brasil. A Primavera. Não tenho que me emocionar?


Fim de tarde. O sonho por hoje terminou. Adeus ao centro de Florença que também possui belas lojas de griffe. Tudo muito caro. Pegamos um ônibus que nos devolve ao hotel. Banho e por que não comer uma bela pasta? Concluí pelo risoto com um vinho para variar. Um belo banho para relaxar e neste momento sinto falta das meninas e de dividir com alguém minha experiência. Vera não chore, você já se emocionou muito hoje. Mas, que eu volto, eu volto. Vocês querem vir comigo? Aliás, se algum dia me procurarem e não me encontrarem, lá estarei.




domingo, 13 de dezembro de 2009


Foi em Veneza o único hotel que precisei dormir ao contrário porque o colchão estava deplorável. Todo torto. Aliás é o primeiro hotel aqui que me deparo com uma cama de solteiro. Há quanto tempo durmo em cama de casal mesmo só? Dormi ao contrário. O fato é que durmo e pesado. Estamos agora no ônibus rumo à Pádua.Tento me enturmar com a brasileira que parece sempre estar de mal humor. As mexicanas me acolhem, mas não fazem o menor esforço para compreenderem o portugues. Soube que uma delas ontem torceu o pé na gôndola e que este está preto. Pergunto se quer um anti-inflamatório. Sua irmã fala que não precisa. Boa sorte Vera.

Estou agora em Santo Antonio de Pádua. A igreja é majestosa, mas pensei que fôsse mais. Mesmo assim faço meus 3 pedidos e compro uma imagem dele. Para uma amiga também. Rezo para variar um pouquinho para meus filhos, nora e genro e netas. Peço saúde e paz para todos os meus amigos e que me dê trabalho para a vida inteira. Ele carrega uma criança. E não é o que faço?
A Basílica de Santo Antonio de Pádua (Sant'Antonio da Padova) é a maior igreja de Pádua, Itália. Embora receba peregrinos de todo mundo, não é Catedral da cidade. O Basílica é conhecida como "il Santo". A Basílica de Santo Antonio em Padova, Itália, é administrada pelos Frades Franciscanos Conventuais (OFM Conv).

A construção da basílica deve ter começado em 1238, sete anos após a morte de Santo Antônio de Pádua. Foi concluída em 1310. O santo, de acordo com seu testamento, foi enterrado na pequena igreja de Santa Maria Mater Domini e perto de um convento fundado por ele em 1229. Essa igreja foi incorporada à atual Basílica com o nome de Cappella della Madonna Mora (Chapel da Madonna Escura). (Wikipedia)

Continuamos nosso caminho e gostaria de ficar nesta praça por mais tempo. Não dá. Cruzaremos os apeninos. Apeninos são bonitos. Toda terra é plantada. Percebe-se que o que não está plantado foi arado e está pronto a ser. Não consigo dormir e presto atenção a todo detalhe. No ônibus muitos dormem e pergunto-me. Como conseguem? O almoço acontece num self service. Comida razoável. Na parte de baixo um mini mercado repleto entre outras coisas de livros em italiano de Paulo Coelho.Compro um vinho pelo preço baratíssimo para comemorar a chegada em Florença.


Chegamos em Pisa. Tomamos um ônibus que nos levará até ela. São poucos minutos, mas quanto turistas? Aquela torre é surpreendente, inclinada que não cai. A torre separada do batistério e da igreja. Primeira explicação . Não podiam entrar na igreja os que não fossem batizados. Mas e aquela torre inclinada. Fiquei toda arrepiada, mas não tive coragem de lá subir.

A Torre Inclinada de Pisa ( Torre pendente di Pisa), ou simplesmente, Torre de Pisa, é um ou campanário autônomo, da catedral da cidade italiana de Pisa. Está situada atrás da Catefral, e é a terceira mais antiga estrutura na Praça da Catedral de Pisa (Campo dei Miracoli), depois da Catedral e do Baptistério.

Embora destinado a ficar na vertical, a torre começou a inclinar-se para o sudeste, logo após o início da construção, em 1173, devido a uma fundação mal colocada e ao substracto solto que permitiu a fundação mudar de direcção. A torre actualmente se inclina para o sudoeste.

A praça é maravilhosa, o que estraga são os camelots que vendem de tudo mas que salvaram meu corpo da chuva. Comprei um guarda-chuva. De onde? Veneza...E um pinóquio para as minhas netas. Haja pinóquios.

Ainda com tantas emoções rumamos para Florença ondee nos aguarda um belo jantar. O hotel fica na periferia. Mas, depois de um bom vinho e uma bela pasta o melhor a fazer é dormir. Por curiosidade liguei a televisão e como eles falam... Não entendo a maior parte, mas é um concurso de resposta. Tomo um banho e cama,Vera. Amanhã teremos mais. Haja coração.

Lembro-me de Guimaraes Rosa: “ O senhor escute meu coração, pegue no meu pulso. O senhor avista meus cabelos brancos... Viver – não é? _ é muito perigoso? Porque ainda não se sabe. Porque aprender- a-viver é que é o viver mesmo.”




sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

VENEZA

14 de setembro de 2009


Tomamos café e converso com algumas pessoas que ontem estavam no avião. O casal de mexicanos não sei o porquê fica frio diante minha presença. O ônibus nos espera para irmos à Veneza. Sempre alguém demora. A guia Ana é uma pessoa super delicada e atenciosa. Mora na Espanha, mas acho que é italiana. Elogio a coruja que tem no seu blazer e ela comenta: por que os brasileiros gostam de corujas? Porque é o símbolo da sabedoria, respondo eu. Está sempre com a deusa da Justiça. E falo baixinho. “Ela consegue ver no escuro o que ninguém percebe.” Ela ri.
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Todos a bordo, rumo Veneza. Primeiramente é necessário tomar uma embarcação. Lá vamos nós. Começa a chover fino. Estamos agora em Veneza. Andamos pelas ruas ao lado do cais com não sei quantas embarcações. Camelots me seduzem com as suas máscaras. Levo um guarda chuva e preciso abri-lo, a chuva nos respinga. Conheço uma brasileira que mora no Rio. Jovem, mas meio séria e emburrada demais para meu gosto. Protejo-a com o guarda chuva. Todos compraram capas durante o dia para se abrigarem. Eu também na parte da tarde. Mas, a maldita que me custou cinco Euros rasgou toda. Estamos agora na Praça de São Marcos que é lindíssima.

A Praça de São Marcos (em italiano: Piazza San Marco é a única praça de Veneza e é seu principal destino turístico com permanente abundância de fotógrafos, turistas e pombos. Atribui-se a Napoleão Bonaparte, embora muito provavelmente o deva fazer-se a Alfred dew Musset a autoria do epíteto de le plus élégant salon d'Europe (o salão mais belo da Europa). Também é o único grande espaço urbano numa cidade eurppeia onde as vozes das pessoas se impõem sobre os sons do tráfego motorizado, o qual está restrito aos canais da cidade. (Wikipedia)












Pena tantos turistas. Mas estes alimentam Veneza assim como os pombos. A praça tem sido sempre o centro de Veneza. Foi o local onde se deram todos os importantes eventos da história da República de Veneza e é a base do arcebispado desde o séc. XIX. Foi o foco de muitos festivais e é um lugar imensamente popular. Pena não ser Carnaval. A Praça de São Marcos é o lugar mais baixo de Veneza, e quando a água sobe no Mar Adriático por tempestades ou excesso de chuva é o primeiro lugar que inunda. A água drena diretamente para o Grande Canal, o que é ideal quando chove, mas quando a maré sobe (em italiano, diz-se acqua alta) tem o efeito inverso, e a água do canal escoa para a praça.

Ana nos explica sobre o relógio de Veneza, e a praça. Tudo me surpreende. A chuva nos incomoda. Veneza está rodeada por água, fica melancólica e triste. Não a acho romântica.Não existem muitos lugares para nos abrigar. O Forte do Relógio, construído por Codussi entre 1496 e 149 é um dos monumentos arquitetônicos mais fotografados de Veneza.




O enorme quadrante situado sobre a porta de entrada da torre é uma obra-prima mecânica do final do século XV, construído por Giampaolo e Giancarlo Ranieri, artistas nascidos em Parma. O engenhoso aparelho indica as estações do ano, as horas e as fases da lua. Não consegui entender o relógio que não marca todos os minutos.







Essa minha vontade de ir ao banheiro me irrita. Falo com Ana para me esperar e procuro um café. Na volta, ninguém lá. Sinto-me abandonada. Percorro à minha volta e nada. Melhor procurar onde existe o embarque dos passeios das gôndolas. Lá vou eu sem fôlego pretendendo recuperar o tempo. Mais máscaras me seduzem. Mas, não posso parar. Chego no embarque e lá está Ana preocupada dizendo que me procurou, etc e que o pessoal já foi e se quero ir. Contacta uma amiga sua de outro grupo. Aguardo alguns minutos e eles chegam. Sou colocada com dois casais mais velhos de portugueses com uma menina, neta de um deles. Esqueço meu guarda chuva no cais. Subimos na gôndola e uma das mulheres é muito gorda. A cada mexida dela temo parar dentro desta água suja. Assim que saímos uma chuva forte cai e um dos senhores divide comigo um plástico. Passamos pelo grande canal e pelos canais menores. O trajeto é um só para todos, embora haja gôndolas mais suntuosas, com almofadas, cobertas, e algumas italianos cantam melodias românticas. Eles fazem o possível para tornar mais aprazível o passeio. São simpáticos, não têm culpa se chove. O turismo é o ganha pão deles. Rimos também muito da situação. Falo com o casal que jamais nos esqueceremos deste passeio. Eles concordam. Os japoneses aproveitam e pagam as mais caras. No meio do caminho como a chuva insistia a mulher portuguesa gorda exclama tranquilamente: “Ah meu Deus, já estás a molhar o rabo”. Diante disto eu, surpresa, começo a rir.






Iremos passar por uma das diversas Trattorias existentes à beira dos canais. Alguns hoteis muito luxuosos também têm a entrada pelo canal. Passeio bom , embora curto e a chuva tenha atrapalhado. Salto e recupero meu guarda chuva que no vento se espatifa. Encontro à 13:45 para a almoço. Parece que todos os turistas na Praça São Marcos.







 Aproveito para entrar na Basílica de São Marcos.





Mais uma vez faço meus 3 pedidos.Como tudo era tão especificamente detalhado e ... A tecnologia da informática não existia. Mas, que esmero!!! Lembro-me da Stela. “E’ impossivel ver tudo. Não fôsse as pinturas, os tetos, as paredes. “AH, meu Deus! E’muito. Tudo na Europa é muito”.

Sim, é muita coisa e pouco tempo. Nem por isso deixei de comprar minhas máscaras. Uma azul, meio rosto e outra branca com rosto de mulher dourada. Comprei também um pingente.
Fomos almoçar, reencontro casais de portugueses que riem quando veemA comida é’ tipo quilo aqui do Brasil. Mas, o risoto de lulas é imperdível. Querem provar?

Depois do almoço fábrica de Murano. Uma sala pequena no meio daquelas vielas. Um forte forno e um homem de uns 50 anos a fazer rapidamente um jarro e depois que lindo!!!. Um cavalinho com a patinha erguida. Como ele consegue? Aplaudimos e compro um brinco e um pingente. Pronto. Atacou o consumo. Depois, um chaveiro com uma máscara.

O resto do dia a perambular pelas ruelas de Veneza. Um gelato é boa pedida. Procuro comprar minha máquina digital, mas acho ainda caras. Tudo aqui é mais caro porque vem tudo de fora. Lojas de griffe convivem com outras que vendem toalhas lindíssimas. Quase compro uma, mas, é melhor não. O povo é muito bonito e os gondoleiros muito alegres, por vezes entoam músicas românticas. . Mas, será que não se parecem com os cariocas no desfile da escolas de samba? Não representam para o sustento?

Na entrada da praça existem duas colunas, uma possui no alto um leão alado, símbolo da cidade. e há a lenda que se passarmos por entre elas uma desgraça acontecerá. Falo isto quando compro minha máscara azul num mixto de ingles, frances e espanhol para o vendedor. Que os turistas não respeitaram esta lei, por isto chove. Ele ri e aplaude. E embala minha máscara muito bem.



Visita ao palácio Ducal. E vista panorâmica de Veneza. Lá de cima vê-se a cidade inteira. Bonito é. Mas, insisto que Veneza é melancólica. Também vejamos. Água significa emoção e inconsciente. Cercada por tanta água... Lágrimas correm porque está a depender de turismo.






Os venezianos estão deixando a cidade e morando no continente porque os imóveis são caríssimos. Entendi porque não ficamos em hotel em Veneza e sim no continente. Os venezianos estão saindo da cidade e se queixam que o transporte de barco o vaporetto fica difícil devido aos turistas. Entendi agora porque Veneza precisa ser romântica... Para sobreviver com os turistas...  Voltamos no final do dia. Se os venezianos não estão consguindo viver em Veneza entendi porque não tive vontade de lá morar. Agradeço a oportunidade de ter conhecido você Veneza.


domingo, 6 de dezembro de 2009

Quartier Latin


Dia 13 de setembro de 2009

Hoje acordo e estou só. Arrumo a mala, e a deixo na recepção. Meu vôo para Veneza sai à tardinha. Resolvo ir ao Quartier Latin. Sonho meu de adolescente. Vocês já perceberam que já sou uma expert no metro? Aliás, repito o sistema ferroviário de Paris é fenomenal. Quisera eu que no Brasil dessem a importância devida a este meio de transporte. Depois das aulas da Marina e tantos emaranhados a gente aprende. Algumas linhas de Paris são mais velhas com vagões mais antiquados, outros já modernos as portas se abrem e fecham sem a nossa ajuda. Não são limpos como os do Rio. As estações se cruzam e para trocar a linha por vezes anda-se muito. A gente sobe para depois descer, esteiras rolantes aparecem e haja pernas. Por isso o francês é magro. Todos andam apressados, alguns correm, levam crianças em carrinhos, malas, cachorros. Agora mesmo entrou uma moça bonita e magra, francesa, com um aparelho de som. Ela o liga e inicia a cantar. Salto na estação seguinte. Mas, isto é comum. Acordeão, pessoas que pedem esmolas e outras que não dizem nada com nada. Muitos argelinos e asiáticos. Quase não se vê franceses em algumas horas.

Hoje é domingo e as lojas estão fechadas. De repente uma forte dor de barriga. Procurar uma cafeteria. Mas, eis que olho para cima e estou defronte do hotel Du Levant que amigos meus falaram e que tentei reservas, mas estava lotado. Mais uma vez uma forte emoção toma conta de mim. Resolvo meu problema dos intestinos e vejo que o hotel é delicioso. Época antiga. Não vi os quartos, mas tudo bem. E’ claro que as fotos apresentam maior so que é. Mas, muito limpo e a diária para uma pessoa em cama simples pode ficar em 73 E.




Passaremos um tempo sem fotos porque ainda não comprei a câmera digital. Percorro todas as ruas e ruelas, vejo o que têm a oferecer para o almoço. Não consigo parar e estou em Saint-Germain Du Près. E lá vou eu até que a fome me abate e escolho um local onde como agora confit de canard (coxa do pato). Uma delícia. Sinto-me a própria francesa enturmada com os manjares, vinhos e a língua. Brasileiros do Paraná chegam no restaurante e diante do cardápio não sabem o que pedir. Aconselhei-os a pedir o confit. O garçon fala comigo que eu não terei direito ao pourboire (gorgeta). Por vezes brasileiros ainda são confundidos com argentinos. Antes era a terra do Pelé. Agora do Kaká e do Paulo Coelho. Aliás, por todos os lugares que passo vejo livros dele. Eu rio e volto ao hotel para esperar o ônibus que nos levará ao aeroporto. Antes como um éclair au chocolat. Eu que não gosto de doces adoro os éclairs au chocolat. Estes são divinos... Querem provar?

Volto ao hotel e no saguão aguardo o horário do vôo. Um programa francês de pegadinhas me diverte. Um casal de brasileiros não entende porque rio tanto. Até que percebem que existe uma televisão. Eles não estão se divertindo. Mas, o que fazer?...Casais com o tempo tornam-se alguns sérios. São simpáticos.

O ônibus nos pega e nos larga literalmente num terminal horrível do Charles de Gaulle. Não podemos entrar logo porque não tem banheiros nem água. A polícia federal é  extremamente agressiva conosco. Inclusive manda que eu retire meu doleiro da cintura e conta o dinheiro. Algo na mochila apitava. Deve ser o pendrive penso eu.

O lunch no vôo é pago. A tripulação italiana simpática. Saltamos em Veneza e rumamos para o hotel que não fica na ilha. Estamos no continente como eles chamam. Fico um pouco decepcionada por não andar nas ruelas de Veneza. Mas, a fome está maior e todos procuram uma pizzaria que fica por perto. Encontro nas ruas com um casal mexicano que estão na excursão, professores de matemática. Jantamos a deliciosa pizza com vinho e depois rumo ao quarto para dormir. Amanhã iremos conhecer Veneza. Respirem fundo que sempre acontecem surpresas...

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Versailles

Dia, 12 de setembro de 2009 ou Versailles

Um pouco de desencontro, pois Ingrid estava noutra saída do metro. Não importa. Marina sempre orientada nos conduz. Tomamos o trem _ a malha ferroviária de Paris é surpreendentemente eficaz, combinando trem, metro _ e Ingrid que veio com a amiga italiana Simona não para de falar. Tento me entender com Simona, e rimos muito. Descemos em Versailles e dou um pouco de trabalho para a Stela, pois essa minha necessidade imperiosa de ir ao banheiro faz com que ela me espere e se afaste do grupo. Mas, depois nos encontramos.


 Abaixo eu e Simona tentando nos entender. A comprida lá atrás é a Ingrid. Felizes tiramos uma foto juntas e diremos para os amigos que ficamos no hotel abaixo.


O portão de Versailles ( aqui no Brasil algum político já teria levado para sua mansão) que significa o Rei Sol que brilha com tanto ouro. Foi Luis XIII que iniciou a construção em 1623. seria um pequeno alojamento de caça. No entanto seu filho Luis XIV o transformou no maior de todos os castelos. A equipe responsável constituiu: Le Vau, o arquiteto, Charles Le Brun o decorador e André Le Nôtre, o paisagista. O estilo é barroco. Em 1682 viviam no palácio 5000 nobres (podendo o número subir para 100.000 com os que chegavam. Havia 12.000 cavalos. A construção? Mais de 100 milhões de libras francesas e por ordem do rei todos os recibos foram queimados. A galeria dos espelhos nos surpreende com seu tamanho. Ficamos sem fôlego...




Pátio de Honra do Palácio





Em 1837 foi transformado em Museu.

















Depois de tudo visto percorremos os jardins. Que suntuosidade. Dá para entender porque houve a Revolução. Não comemos croissant, mas uma baguette deliciosa com fromage, e presunto cru. Peço uma cerveja super gelada e Stela também que fica mais alegre. Telefono para o Brasil e Dani , minha filha atende. Que voz é esta? Pergunto. Esqueci-me que hoje sábado e deve ser 7 horas da manhã no Brasil.




Estou feliz? Patinando de alegria. O título que Stela deu é de volta aos estábulos. Estamos de retorno. Passamos pela cidade. Pegamos o trem e para onde vamos? Elas decidem Montmartre. Uma outra amiga da Stela chegará da Bélgica para encontrá-la.

















Sim, descemos em Montmartre e procuramos o terminal do fonicular. Não encontramos. Subimos tudo a pé. E lá está ela, a igreja de Sacre Coeur. Antes de entrar eu sento e tomo fôlego. Como consegui subir isso tudo? Olhem a minha cara de desalento...












Estou sentada por aqui para recuperar as energias antes de entrar na igreja. Estão me vendo?

A basílica está localizada no topo da montanha de Montmartre o ponto mais alto da cidade. A idéia de construir um templo dedicado ao Sagrado Coração surgiu depois da guerra Franco-Prussiana ( 1870), como pagamento da promessa feita por Alexandre Legentil e Hubert Rohault de Fleury de erguer uma igreja caso a França sobrevivesse as investidas do exército alemão. O estilo é marcado por influências românicas e bizantinas. Muitos elementos da basílica são baseados em temas nacionais: o pórtico, com três arcos, é adornado por duas estátuas de Santa Joana D;Arc e do rei São Luis IX; e o sino de dezenove toneladas (um dos mais pesados do mundo), refere-se à anexação deSavoy em 1860.

A construção começou em 1875 e foi concluída em 1914, embora a consagração da basílica tenha ocorrido apenas após o final da Primeira Guerra Mundial.

Sacré-Cœur está construída em pedra de travertino obtida no Château-Landon (Seine-et-Marne), França.. Esta pedra constantemente dispersa cálcio, o que garante a cor branca da basílica mesmo com as chuvas e a poluição.”

Mais uma vez os três pedidos. Que os corações procurem o Amor e não o poder embora as igrejas fossem construídas para demonstrar as vitórias e o Poder. Acendo uma vela e rezo mais uma vez para a saúde, paz e amor de todos que me cercam. Mais uma vez emociono-me e agradeço ali estar. Principalmente porque a juventude me trouxe até aqui e me acolheu. Não sou uma pessoa feliz?

Vista espetacular de Paris.


E depois de tudo Stela argumenta: as pessoas espertam descobrem o “funiculaire” para subir e não para descer como estamos fazendo.Elas continuaram o caminho. Aliás essa aqui é Esmeralda que convidou Stela para ir ao bistrô do Louvre e ela não sabia como atender a todos. Nos separamos e estou em Montmartre recuperando as energias e vendo o movimento de um sábado com artistas de rua .




Gostei de Montmartre. Depois retorno ao hotel e volto a apreciar o maigret de canard ( é o peito do pato assado e fatiado . Stela e Marina me disseram que iram dar uma volta no Champs Elysées porque amanhã irão para Frankfurt e eu para Veneza. Até amanhã.