domingo, 5 de dezembro de 2010

MEmÓRIAS LONgas e FrUGAIS

MEmÓRIAS LONgas e FrUGAIS


Memórias insistem e me perseguem. Fico quieta no meu canto. Não as procuro. Vou à exposição do Islã no CCBB e minha neta automàticamente entra na Livraria da Travessa. Livros sempre me empolgam e me consomem porque os quero quase todos. Minha filha se depara com outra versão do Chapeuzinho Vermelho. Imediatamente torna-se sonho de consumo de como dizer do trio? Vocês acham que isto é o mais importante?

-- Quero fazer cocô. Crianças são sempre assim. Nas horas mais impróprias. Lá foram as duas e eu a perambular deparo-me com um bondinho magnificamente esculpido em madeira.

Vocês já andaram de bonde? Meu sonho de consumo em criança era andar no estribo, fato apenas permitido para homens adultos. Um belo dia eu e amigas resolvemos ficar atreladas ao estribo. Durou talvez meio minuto? Não importa era uma ousadia. Uma transgressão. Uma afirmação que meninas também podem...

Existia a linha 21 que ia até Ipanema. Era o atual Circular. Quando estava com dor do cotovelo ou apenas querendo fugir de mim nas crises de adolescência tomava um. Ia e vinha. Ia e vinha e tudo passava. Tempos depois descobri que minha mãe fazia o mesmo. ( Continua)


sexta-feira, 26 de novembro de 2010

HAIR


Ontem fui assistir à nova montagem de HAIR. Hoje estou com as unhas pintadas de um laranja cheguei. Deve ser influência.


FAÇA AMOR NÃO FAÇA GUERRA. Principal Lema. Enquanto a Guerra do Vietnã corria solta.

Não foi tão revolucionário quanto 1969 nem tão chocante. Mas, sempre atual. Vocês já imaginaram naquela época um bando de jovens pelados no palco? Sim, nus.  Converso com uma moça sentada ao meu lado. E ela fala: Você sabe, o que mais sinto são saudades daquele tempo. Sempre aconteciam coisas. Sim, respondi. Bossa Nova, Nouvelle Vague, Beatles, Ditadura, hippies, maconha. Biquíni. Vocês se espantam? Sim, biquíni.

Estávamos no balcão que fica no segundo andar. Havia duas fileiras vazias impedidas das pessoas entrarem com uma corrente. Ela olha para mim e: _ não é a toa que só nos duas tivemos a ousadia de sentarmos aqui para vermos melhor (no segundo ato).


Enquanto assistíamos lá fora no Rio a Guerra dos traficantes.




terça-feira, 9 de novembro de 2010

Arco Iris

O arco Iris no céu cansado de esperar
 que no seu finalmente encontrassem um pote de puro ouro       
gritou desesperado
sem a menor esperança .

O arco Iris timidamente falou a todos e gritou.
Sumam do meu final que não tem fim.
Meu fim se extingue igual às nuvens
que de repente se dissolvem.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

EMPRETEC

oi gente

depois de um tempo fora recomendo a todos o curso Empretec do Sebrae. Em breve retorno com mais notícias e eventos??????

domingo, 13 de junho de 2010

FUTEBOL

Ano de 1950. Estava eu com 5 anos e de nada lembro. Guardo comigo, no entanto a expressão de tristeza dos adultos contando a tragédia do jogo com o Uruguai. Do silêncio do final da perdida. Do choro dos brasileiros. Principalmente da derrota.

Ano de 1958. Os jogos da Copa eram transmitidos por rádio. Já havia os de pilha. Final da Copa. Euforia geral. Auto estima dos brasileiros recuperada. Começamos a acreditar que éramos alguém.

Que poder é este que o futebol tem de nos afetar? Sim afetar vem de estarmos ligados com afeto a. Ficamos apaixonados se nosso time perde. Choramos, gritamos... O contrário é verdadeiro se nosso time é vitorioso. Nos enchemos de orgulho e achamos que somos os maiores...

Os maiores? Os menores? Tudo é questão de auto-estima. Nos identificamos com aquelas pernas que chutam uma bola. A bola precisa entrar e fazer um gol. A bola é símbolo de poderio, de competência. Quando dois times entram em campo é como se fosse uma guerra. Alguns jogadores se esquecem que se trata apenas de um jogo e atacam seu oponente ferindo-os. Alguns torcedores confundem uma disputa pacífica com uma verdadeira guerra e utilizam os jogos para serem agressivos e mostrarem sua força violenta...Descarregam sua agressividade.

Por que ou para que nos identificamos? Precisamos pertencer a um grupo. Precisamos fazer parte de um todo. Assim escolho um time por diferentes motivos, mas todos carregam algum afeto. Nem que seja pela cor da bandeira ou da camisa. Mas, vocês já repararam? O meu é sempre o melhor...

Em se tratando do Brasil começamos a sermos conhecidos pelo mundo pelo futebol. Além da auto estima recuperada os jogos nos tiram da rotina, nos jogam na fantasia e nos dão a oportunidade de fazermos uma catarse coletiva. E’ evidente que se o Brasil vence sempre é mais fácil fazer com que nos esqueçamos do preço da carne, dos transportes horríveis, da falta de escolas e de hospitais. E’ sempre mais fácil fazer com que um povo consiga se iludir que pelo menos naquele momento somos os melhores, os maiores.





sexta-feira, 7 de maio de 2010

SER MÃE

Ser mãe. Parecia tudo muito simples... Parir... E a gracinha nasceria como um bebê de revistas. Não teria cólicas, dormiria a noite toda, em suma - ilusão de que seria uma massa que amoldaríamos a nosso prazer... E a nosso desejo...

Noites acordadas... Preocupações... Febres... e como arde a febre de ser mãe e não poder aplacar o que eles sofrem? Eles sofrem??? Gostaríamos de tirar as pedras dos caminhos. Mas, eles cresceriam?

Abro uma revista antiga “Revista Planeta Meditação número 2 – entrevista de Mestre Rolland – Manuel Berniger Litman . Ele afirma que pessoas por vezes morrem sem abrir seus cofres.

Penso: é necessário abrir os baús para encontrar os tesouros. Às mães é preciso se abrir para que seus filhos nasçam – o acreditar que renunciar um pouco dia a dia de si é necessário para que o outro – filho seu – viva e sinta o prazer de despertar e estar vivo. Respirar o ar e sentir a água do mar no seu corpo. Para mim o mar e suas águas são essenciais... Viver com todas as contradições e mostrar para seus filhos o quão contraditórios e ambíguos somos todos... E não somos?

Quando fiz 45 anos minha filha escreve em um cartão. 20 anos são passados ... Algo mudou?

Nesta vida tão cheia de mistérios e surpresas, decepções e tristezas, difícil por si só, eu te encontro e vejo uma mulher dócil e guerreira, que se divide tão antagonicamente, porém cheia de sinceridade.

Mais do que felicidades eu te desejo mais do que tudo de bom a vida pode te oferecer eu quero que te aconteça, porque uma pessoa, mãe e amiga e mulher como você merece, mas merece mesmo. Mãe, obrigada por você existir na minha vida e tudo ser desta forma tão amiga, cúmplice. Por me ajudar a andar, a encarar os fantasmas, por você ser você apesar destas porradas inevitáveis , quase sempre.

E devido a estas porradas inevitáveis, quase sempre vamos em frente abrindo nossos baús para que outros possam com nosso exemplo construir e ir em frente. Mas, eu acrescento. Ser mãe é uma tarefa na qual : férias???? JAMAIS!!! 13O salário????? O que isso significa? Aposentadoria?????

Ser MÃE não é padecer num paraíso. E’ viver como MÃE. Não é simples?

terça-feira, 6 de abril de 2010

Quando as aguas desaguam o Rio de Janeiro desaba e chora lágrimas de dor com o descaso de sempre.


Vocês já se esqueceram que o Rio de Janeiro fica espremido entre o mar, as montanhas, e os rios que por vezes parecem calados, mas quando a chuva desaba, eles aumentam suas forças e para onde desaguam?
Igreja de Santa Luzia



O aterro como o nome diz foi aterrado, a praia de Copacabana, a Glória e a Gávea eram água. Para se chegar à Gávea embarcava-se num pequeno barco.

 Copacabana depois de ressaca

Copacabana




Lagoa e Ipanema






Moro no Jardim Botânico e de minha janela vejo o
rio dos Macacos descer com toda sua força quando chove. De repente ele some e passa por baixo do prédio ao lado e sairá lá no Jardim Botânico pròpriamente dito. Os canais por perto são alimentados por ele. Isto também acontece na Tijuca onde os rios são encanados, mas quando chove eles desencanam e espirram suas águas já sujas pela poluição e pelo descaso da população e governos. Mas, é impossível querer reter a força de suas águas que sempre coincidem com a maré que também sobe.



Vejamos o que está escrito abaixo sobre um projeto firmado entre a Petrobrás e a associação dos Amigos do JBsobre o rio dos Macacos. Vocês sabiam que ele ocupa 20% da área do jardim Botânico. Conseguem agora entender porque tudo fica alagado? A água não tem para onde ir.
O Jardim Botânico e o Rio dos Macacos têm uma relação harmônica. O rio que nasce no Maciço da Tijuca e percorre 4,6 km de encostas e vale, coleta as águas de chuva, alimenta as cascatas, o chafariz e os lagos, ameniza a paisagem e mantém a umidade necessária às plantas do parque e ainda compõe a bacia contribuinte da Lagoa Rodrigo de Freitas. Em contrapartida, a manutenção do jardim gera 500 m3/mês de resíduos (folhas, galhos, aparas de grama e troncos) e acolhe lixo de mais de 25 mil visitantes/mês.”

Percurso do rio dos Macacos






Quando as águas desaguam o Rio para e torna-se  um rio intransitável, feio, sujo, mal cheiroso. Suas encostas agredidas e mal tratadas respondem à altura. Rios e montanhas maltratam e ferem os  que arrancaram suas árvores, os que não os respeitaram, os que duvidaram de suas forças.

Assim é e assim será.



domingo, 4 de abril de 2010

A VIDA E' UM BANQUETE

A ceia de Jesus foi um banquete. Sua morte representa a renovação que todos temos que enfrentar a cada fase de nossa vida.

Carregamos a cruz, somos traídos, nos enfiam pregos e nos cospem. Crucificam-nos... Nossa alma sangra. Choramos lágrimas de dor e gritamos por socorro em vão. Precisamos sempre ir em frente. Com a cruz nas nossas costas doloridas. Com os pés em chagas. Pedimos água e não nos dão. Clamamos por um carinho e recebemos tapas. Pessoas que pensamos serem amigos nos viram as costas e outros surgem do nada.

Somos sós. Morreremos sós. Mas, a cada dia o sol renasce e alegra a nossa vida com seu calor e irrompemos calidamente para comermos chocolates e irmos para a praia e mergulhar nas suas águas que nos esquenta e nos embala. E’ a sabedoria da natureza.

Afirmava o filósofo Epicteto 55 d.C.

“Pense em sua vida como ela fosse um banquete em que você precisasse comportar-se com elegância. Quando as travessas forem passadas para você, estenda a mão e sirva-se de quantidades moderadas. Se uma travessa não lhe for passada, saboreie o que já está no prato. Ou, se a travessa ainda não lhe foi passada, espere pacientemente a sua vez.

Mantenha Essa mesma atitude de contenção e gratidão delicadas no trato com seus filhos, cônjuge, carreira e finanças. Não há necessidade de ansiar por alguma coisa, invejar ou apoderar-se do que for. “Você receberá sua devida porção quando chegar a sua vez.”
                                     
( Do Livro A Arte de Viver- O manual clássico da virtude, felicidade e eficácia- Uma nova interpretação de Sharon Lebell - Sextante)

segunda-feira, 29 de março de 2010

E agora, você?

Querido amigo

Sei que os dias se passaram e não lhe respondi. Mas, o que você gostaria de escutar? Que estou com pena de você?

Já não é hora de libertar-se , de desapegar-se  do cuidar do outro? Tudo bem... Tens um filho. Ele, sim. O resto, não...

Sei também que é mais fácil cuidar dos outros para não nos enfrentarmos e crescermos. E’ hora de se libertar e viver sua vida com sua família nuclear. Pare de querer recuperar o que se foi...Pare de querer ser o bonzinho. Ninguém lhe agradecerá e sempre será o lobo mau.

Não adianta tapar os ouvidos se me pediu opinião. Se precisar venda a casa. Desapegue-se.Nascemos sós e morreremos sós. Olhe-se no espelho e pegue as rédeas da tua vida. Pare de se lastimar e se preciso for divida a casa e dê a parte do seu irmão. Liberte-se da família de sangue como você afirma   porque ela é importante, mas não é a sua identidade.

Cuide muito bem de você porque é hora de acreditar em você . E quem sabe? No que? No galo?

Com amor

quinta-feira, 4 de março de 2010

DIA INTERNACIONAL DA MULHER

Penso eu que todos os dias são das mulheres. Não existe o dia do Homem... Espera-se que eles saibam sempre onde está a sua sexualidade. E nós? Abrimos caminho para nossas filhas. Ousamos um pouco  mais. Mas, continuamos sendo Mulheres. Bravas. Com garra. Apenas, Mulheres.


Em 1923 Marie Laurencin ( 1883-1956) pintou em óleo o "Portrait de Madame Chanel" . Vocês conhecem essa que mudou a moda?


Olhe bem fundo para meus olhos. Mais fundo ainda. Eles me traem? Eu queria apenas que quando a cortina fosse cerrada, as ilusões não fugissem. Mas, todos corremos atrás e nos cansamos. As ilusões? Onde estão? atrás das cortinas ou no porão dos nossos sonhos?  Onde estão nossos sonhos?



Quando menina tinha uma vizinha que morava numa casa. Tínhamos vários sonhos e confabulávamos por horas. Queríamos apenas ingressar naquele mundo das mulheres...


Meninas ou moças? Ainda não sabíamos. Por vezes subíamos em árvores, noutras nos dependurámos no sótão a contar segredos. Eu a amava. Calma, calma. Ela era diferente. Apressadinha, magrinha e divertida.


Tínhamos muita curiosidade. Principalmente a sexual que ninguém nos falava de quando seríamos mulheres. Procuramos em livros e em dicionários o mistério de ser mulher. Naquela época era tudo diferente. As coisas não eram faladas. Caladas... E, insuportáveis...


Eu também tinha amigas de infância que juntas aprendemos a crescer. Mas, um dia, um belo dia, resolvi ingenuamente para a maior delas, ou melhor, para a que eu achava a minha melhor amiga contar que aquela que subia em árvores pegou um vidro de mercúrio cromo e inundou um modess para a mãe informar que: Agora sou Mulher...


Vocês sabem qual nossa idade? 10 anos. (Imediatamente minha mãe ficou sabendo do ocorrido e me proibiu de procurar aquela que eu tanto admirava.- achava que ela vivia no mundo da fantasia).  Passei minha vida envergonhada de ter guardado isto no meu sótão. Mas, agora divido com vocês...


Preciso dizer bem baixinho para ela que nós vencemos. Cada uma da sua maneira.Somos apenas Mulheres e exercemos muito  bem nossa sexualidade, lutamos, trabalhamos, temos filhos e netos e ainda temos sonhos..

O nome dela? Enveredou pela moda, seu mundo de  fantasia veste  personagens tornando-os reais   e eu no mundo da  psicologia dispo personagens reais, retiro disfarces e roupagens que não mais lhes servem.

Preciso encontrá-la e falar tudo isto. Será que vocês podem me ajudar? Se subirmos em árvores e gritarmos conseguiremos? Ou que tal irmos para algum sótão?

terça-feira, 2 de março de 2010

Fin

fin


Gostaram do meu chapéu?

Estou indo embora. Um passeio pelo Quartier Latin, Saint-Germain. Um último suspiro pelas ruas. Pour les pavés de Paris. Pulo em Montmartre e agora revejo a escadaria e com calma ...

Ultima visão da...



Affiches de Paris
Toulouse Lautrec foi o primeiro propagandista com seus affiches. Ou melhor cartazes.



Mon déjeneur  - Meu almoço





Volto ao hotel. Minha mala no saguão e eu a esperar o taxi que haviam prometido por 28 E. Ele não surge. Meninas de João Pessoa  chegam ao hotel e já protestam por terem que subir de escadas com suas malas, não ter tomada para recarregar o celular, por, por. Com calma, explico algumas coisas e elas indignadas não querem aceitar...

O táxi não chega a recepcionista chama por outro que quer cobrar o taxímetro. Ela discute com ele e eu argumento que quero então que me deixe no Arco do Triunfo para tomar o ônibis da Air France. Ele fica p.d.v .

Vocês repararam que me stressei na chegada e na saída?

Temo que me explore porque não sei o caminho de taxi, apenas de metrô ou a pé. Mas, eis que ele me deixa no local para partir. Rumo ao aeroporto agradeço ter dado tudo certo.

Aeroporto e troco o tax refund. Visito o free shop e compro 2 batons da MAC.

Eis que entro no avião e sento-me ao lado de duas brasileiras. Consigo até relaxar e ver um filme até que a trepidação apaga as luzes e durmo um pouco. Ao chegar no Brasil algumas comprinhas no free shop. Gosto do meu País. Da minha casa. Do Rio. Gosto de ter chegado e estar com minha família. Mas,


A paz em Paris me envolveu
E agora que retorno
Ela se dissolve?


`A dieu
A deus.


Sonhos perseguidos
Com seguidos
Com sentidos


Mas...
E agora?


Andei por suas entranhas
Andei por sua ruas .
Conheci seus rumores,
Seus humores, seus amores...


E agora, Vera? A festa acabou?

Lembro-me de Carlos Drummond que um dia me deu a mão na sua noite de autógrafos na Editora Sabiá. Sentei-me ao seu lado para ajudá-lo a perguntar quem era quem... no Clube Marimbás convidada pelo Fernando Sabino pai de minha colega Eliana, sua filha.

“E agora, José?       E agora Vera?
A festa acabou,       A festa acabou
a luz apagou,           a luz apagou
o povo sumiu,         Paris sumiu
a noite esfriou,         a cidade luz esfriou,
e agora, José ?        e agora, Vera?
José, pra onde?

Tentem ler a poesia inteira.
Vera,


Para onde?

domingo, 28 de fevereiro de 2010

Penultimo dia em Paris

Hoje está um pouco mais frio. Anoitece tarde e o sol só esquenta ao meio dia. Comprar o marron glacê é o primeiro passo. Espero o ônibus 68 e lá vou eu. De repente o maior nó no trânsito de Paris. Tudo parado. O motorista com um francês terrível começa a gritar que temos que saltar porque ele não vai para o nosso destino e se ficar parado ali será multado. Todos saltam e eu me pergunto e agora?

Consigo me comunicar com uma pessoa de origem asiática e ela me ensina qual a linha de metro devo tomar mais adiante perto das Galeries Lafayette.

Rio sozinha? E agora, Vera? Agora vamos em frente. No metro pergunto no setor de informações e com má vontade de explicam mais ou menos. Não me preparei para não ir pelo trajeto indicado pela senhora. Saltei onde me indicaram e andei muito. Mas, conhecer Paris, não é isto que estou fazendo? Caminho por entre as ruas até que atinjo a Saint-Honoré e lá vou eu. Respiro o ar e entre numa loja de chocolates. Apresento o pequeno pedaço de papel escrito Jean Paul Hévin. A vendedora resmunga que é mais na frente. Entro noutra loja e agora a moça ri diante aquele pedaço de papel. E’ aqui, ela ri...

Uma pequena caixa com pequenos 10 pedaços custa E 21. Mas, não vim até aqui para comprar? Saio felicíssima com a minha caixinha. Vale a pena degustar nem que seja apenas com os olhos...

Continuo a andar sem rumo. Entro por uma rua, saio por outra e lá vou eu até que a fome me arrebata e entro sabem onde? Adivinhem... MacDonalds. Pela prineira vez vejo meninos (as) adolescentes realmente franceses e famílias francesas com seus filhos


Minha meta agora é o Centre Pompidou. Entro e a primeira exposição é sobre a inclusão social das mulheres nas artes. Muita coisa para ver. Excelente crítica encontro abaixo.

Vale a pena também entrar no http://www.centrepompidou.fr/




“Foi desenhado pelo arquiteto italiano italiano Renzo Piano e pelo arquiteto também Italiano naturalizado britânico Richard Rogers. O projeto foi considerado extremamente arrojado, sendo inserido em um momento de crise da arquitetura moderna, embora tenha sido bastante criticado. Alguns teóricos afirmam que o Centro (tanto pela sua arquitetura quanto pela sua proposta) é um dos marcos do início da pós-modernidade nas artes. Sua implantação configura a existência de um espaço público (a praça do Centro) para o qual as suas atividades internas se estendem.

O Centro Pompidou é um dos principais exemplos da arquitetura high-tech, uma tendência dos anos 70 e que continua a ser explorada até hoje e se inspira na arquitetura industrial e nas novas tecnologias. A arquitetura high tech utiliza os elementos tecnológicos como objetos estéticos. No Centro Pompidou, isto pode ser observado nas grandes tubulações aparentes (dutos de ar condicionado e outros serviços), nas escadas rolantes externas (ver imagem) e no sistema estrutural em aço por sua semelhança aos sistemas industriais.”(Wikipédia)

Realmente é um contraste com a arquitetura de Paris. Imagino como os franceses se sentirtam chocados em sua inauguração. 

 
Depois de tudo visto e já exausta quem sabe um ultimo olhar pelo centro de Paris?
Ao retornar entro na loja da senhora e agradeço. Ela me pergunta como vou guardar e se tenho geladeira. Não. Corre lá dentro e traz um jornal e debocha. Este jornal francês fala mal da mulher do Presidente, Embrulha a caixinha no jornal e grampea me explicando que o jornal também conserva do calor.
Final de noite. Sento-me no café ao lado do hotel e noto que a moça está ainda a procurar um freguês. Ela deve ser prostituta e sempre a vejo. Fico com pena dela. Em breve será inverno. Como ela faz para abordar os homens. Normalmente eles sorriem e agradecem e vão embora. Mas, isto me pertence?

Vejam o que aprecio nesta noite.







Não é lindo o azul do céu?





quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Ante penultimo dia em Paris



















Acordo ainda com a emoção de ontem. À noite irei ao Moulin Rouge. Rumo às Galleries Lafayette onde passo a manhã. Consigo finalmente comprar o relógio, um rímel, um par de meias para hoje e dois casaquinhos bem macios. Vocês já viram que não sou consumista. Lembro-me de subir até ao último andar onde se avista Paris.
















Com as compras debaixo do braço ou melhor dentro da mochila, resolvo ir ao Jardin du Luxembourg.














Esta sou eu. Vocês conhecem?


Achei esta senhora um amor a caminhar... 




Llembro-me que preciso comprar amanhã marron glacê para minha filha. Soube que só em novembro. Passo pero do hotel por uma loja de chocolate e uma senhora me atende. Ela usa tranças e uma saia escocesa. Explica-me para tomat o ônibus 68 e saltar assim que ele chegar em Saint Honoré e seguir à direita. Escreve num papel o nome do fabricante. Agradeço.

Ultima etapa da noite. Moulin Rouge. Sento numa mesa com 2 australianos e uma americana. Tenho direito à uma meia garrafa de champagne. assisto ao show que é bem bonito, mas típico para turistas de mãos dadas com Toulouse Lautrec.


Ainda segunda

Saio do Museu e faminta compro um crepe. Andando em direção à Champs Elysées . Vejam:











E lá vou eu ... Chego finalmente ao meu destino e percorro o Champs Elisées inteiro. Uma forte fome outra vez me ataca e entro numa loja em que comprei o éclair mais caro da minha vida e mais delicioso também.

Percorro a loja da Disney. Acho tudo muito caro. Saio de mãos vazias e, finalmente deparo-me mais uma vez com. Sim. O Arco do Triunfo.




http://www.portalsaofrancisco.com.br/alfa/franca/arco-do-triunfo.php


Sento-me apreciando o movimento do vai e vem das formigas isto é turistas. Hora de voltar e ir para Madeleine assitir ao concerto...Comer algo substancioso para me manter com o olhar e mais tarde ouvidos para tantas lembranças. Retorno para perto da Madeleine e o que apreciar? Escolho depois de algumas indecisões uma tomate conciss. E’um tomate recheado com carne. Vinho também faz bem. Descanso meus pés e lá vou eu para assistir as 4 estações de Vivaldi.
O público é bem francês. Não se vê turista. Talvez alguns disfarçados como eu. A igreja agora fica bem iluminada e o som dos violinos invade a todos. No meio da apresentação surge uma cantora já com uns cinqüenta anos com um vestido longo e bem decotado. Sua voz é linda. Canta a Ave Maria. Perguntam se chorei?

Penso: que hipocrisia!!! no Vaticano temos que nos cobrir. E aqui?
Adorei tudo e fico agradecida por desfrutar deste momento. Aplausos fazem com eles repisem... Agradeço e lá vou eu meio temerosa a pegar o metrô. Na estação, jovens voltam para casa. E’ um público que ainda não havia visto... Ah os jovens sempre fazendo algazarra...

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2010

Uma segunda feira


Segunda feira, dia 28 de setembro.


Resolvo ir à Madeleine. São duas ou três estações de Metro.



A igreja de la Madeleine ( Église de la Madeleine), situada bem perto da Praça da Concórdia , em uma área comercial de alto nível (ao lado da rua Faubourgs Saint-Honoré, uma das ruas mais comerciais e glamurosas de Paris), a igreja de la Madeleine chama a atenção por sua arquitetura em forma de templo clássico grego

A construção começou próxima do ano 1764 por Contant d´Ivry, sendo logo reconstruída com planos de Guillaume Couture (1777), ainda que durante a Revolução Francesa as obras foram suspensas de 1790 e 1805 e em 1806 La Madeleine transformou-se em Templo homenagem ao Grande Exército, função que teve até que se acabou de construir o Arco do Triunfo que a relevou dessa função.

Em 1842 voltou a ser igreja católica, função que continua representando na atualidade.

O interior de La Madeleine de Paris não é tão interessante quanto o seu exterior, mas merece ao menos subir suas escadarias para contemplar dali a Rue Royal, com a rua Concorde e o Obelisco ao fundo.”

Achei a igreja escura, mas soube que às 20.00 horas haverá um concerto de violinos com as 4 estações de Vivaldi. Compro o ingresso. Mais uma vez faço os três pedidos e lá vou eu a continuar meu caminho.

Vocês estão vendo Les Invalides?



O Hôtel National des Invalides, ou Palácio dos Inválidos, é um enorme monumento parisiense, cuja construção foi ordenada por Luís XIV, em 1670, para dar abrigo aos inválidos dos seus exércitos. Hoje em dia, continua acolhendo os inválidos, mas é também uma necrópole militar e sede de vários museus.

Entre as personalidades ilustres lá sepultadas encontra-se Napoleão Bonaparte, assim como o coração de Sébastien Le Prestre de Vauban, ilustre arquiteto militar francês, responsável pela poliorcética francesa.” Artigo da Wikipédia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hôtel_des_Invalides.
Continuo meu caminho. Que tal? Chego no Jardin des Tuileries. Os jardins pertenceram ao Palais de Tuileries que foi destruído em 1871. E’um projeto do século XVII de André Le Nôtre, jardineiro de Luis XV. O espaço é neoclássico e um novo jardim foi construído em 1990. A reforma criou um jardim com nogueiras e tílias e esculturas. O jardim fica situado no centro de Paris.













Um pequeno descanso!...

E lá vou eu... Gostaria de ter parado para deliciar um coq au vin. Mas, preciso continuar. E deparo-me com o Museu de l’Orangerie.

O Musée de l'Orangerie é uma galeria de arte impressionista e pós-impressionista localizada na Place de la Concorde.

Contém trabalhos de Paul Cézanne, Henri Matisse, Amedeo Modigliani, Claude Monet, Pablo Picasso, Renoir, Henri Rousseau, Chaim Soutine, Alfred Sisley e Maurice Utrillo.

Algumas obras . Renoir.




Um Modigliani.




 
Abaixo nymphéas de Monet. Comprei para fazer um poster. Não é lindo?

Recomendo a vocês :   www.musee-orangerie.fr/

(Continua)

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Ainda um Domingo


Vou andando e estou agora passeando às margens do Sena.











































Passeando, respirando o ar de Paris, sentindo-me pertencer a esta cidade. Deparo-me com cartões postais interessantes. Tiro uma foto e o dono fica meio irritado. Falo que adorei e que no Brasil não encontro cartões tão..., tão como estes... Compro uns 3. Vocês gostaram? Não são eróticos?




Continuo meu viver e sento-me numa cafeteria. Tranquilamente e protegidamente retorno ao meu cantinho. O que farei amanhã? Tentem imaginar...