sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

assis

Dia 17 de setembro.

Café da manhã no hotel. Sento-me na mesa com mãe e filha que são mexicanas e falam espanhol. A mãe é uma figura exótica que usa sempre uns cílios postiços enormes e que estão sempre borrados. Mas, são simpáticas. Elas moram numa pequena cidade do México. Não guardo o nome. Mas, no resto da viagem elas tentaram me fazer companhia. Aliás todo mundo me achou muito corajosa por viajar só. Já nem sei mais se sou isto ou maluca...Mas que estou me divertindo, aprendendo coisas e vivendo coisas diferentes...

Saída para Siena, Assis com chegada à Roma. Entro no ônibus e pergunto para a mexicana que torceu o pé como está. Ela ri e conversamos um pouco na pouca disposição delas entenderem o português. No entanto, tentam ser amáveis.



Chegamos em Siena. Mais uma vez ficamos no estacionamento dos ônibus. Eles não entram no centro da cidade. Aliás em Siena é impossível, apenas alguns carros. E’ um sobe e desce sem fim desembocando numa praça ampla. E’ uma cidade medieval. Uma graça, totalmente diferente de tudo que já vi. Assemelha-se com Florença, mas é bem menor e as ruelas são estreitas. Mais uma vez escuto sussurros de namoros e mulheres a cochichar na época medieval.





Pombos habitam a Itália inteira e são bem mais gordos do que os nossos. Não gosto deles, mas o que fazer? Hora de voltarmos para o ônibus e o encontro é marcado num ponto próximo para que não nos perdéssemos nas ruelas, na volta.

Gostaria de ter ficado mais com você Siena. Mas, tenho que prosseguir ... O almoço será em Assis. Primeiro preciso acalmar minha ansiedade, pois o almoço será servido. Pasta com tomate e lulas fritas. Que delícia. A comida me tranqüiliza e tomamos todos um vinho da casa. Está um belo dia.





Agora livre resolvo percorrer a igreja e só. Quero me emocionar sem testemunhas. Uma energia enorme se apossa de mim. As pessoas respeitam o silêncio. Compro sete velas e peço para mim, filhos, genro, nora e netas. Elas não podem ser acesas. Tudo é simbólico. Percorro cada centímetro querendo guardar tudo. Impossível. O dia esquenta principalmente pelas emoções, vinho e calor mesmo.

Ah, as lágrimas correm. Vocês dirão que boba que sou. Mas, não dá. Por isso quis ficar só para poder vivenciar com paz e alegria meus sentimentos e experiências. E’ necessário um certo recolhimento para se entender esta linguagem. Pelo que percebi todos na excursão admiram este santo. Alguns são protestantes e acho que outros judeus. Não perguntei. Todos compram imagens e lembranças. Lembro-me da Lea que precisa muito da ajuda dele. Compro uma lembrancinha para ela. Um azulezo escrito “Pace e Bene” é envolvido com carinho para ser transportado por avião. Mais uma vez a impressão que poderia ter mais tempo, mas nossa proxima direção é Roma. No ônibus um filme é passado. Eu já o havia visto, mas agora entendo melhor os lugares em que as cenas se dão. O nome? Sob o Sol da Toscana.

Chegada em Roma. Um belo jantar nos aguarda. Inclusive com carne de ovelha. Mais vinho, banho e é hora de arrumar um pouco a mala e lavo algumas roupas. Com shampoo Mais prático...Levei a conselho da Mica um cabide e pendurava as calcinhas e meias. Agora, lavo uma calça e blusas. Vocês estão gostando da Itália? Eu estou adorando...





Próximo capítulo: ROMA