sábado, 26 de dezembro de 2009

Primeiro dia em Roma

Estou em Roma, mas pela manhã se não fosse pela língua e comida nenhuma diferença faria de outro lugar. Os hotéis sempre ficam na periferia. Cedo acordamos e no ônibus mais uma visita panorâmica. Significa que não saltamos. Uma guia nos espera e nos apresenta Roma com a história romana do Coliseu, Circo Massimo, Praça Veneza, colina do Capitólio, Foros Imperiais. Tudo é muito rápido porque temos que entrar no Vaticano às 11 horas. Mas, agora me sinto em Roma. Antes, a guia nos dirige à loja do Vaticano que vende tudo muito caro. Até diploma para provar que lá estivemos. Para que quero isso? Ficarei em Roma mais tempo. Depois com calma eu compro o que precisar. Preciso ir ao banheiro.


Capela Sistina? Deslumbrante... Filas de turistas... A guia nos explica tudo, inclusive que Miguel Ângelo morreu na miséria porque não pagaram a ele. E que o azul (lápis-lazúli) da pintura ele falou que só usaria se o Vaticano comprasse, porque tudo antes saíra do seu bolso. Claro está que o pescoço fica duro de tanto olhar para cima, mas vale à pena. Abaixo o teto. Deveria colocar acima para olharem para o alto...








Abaixo, um dos motivos da Capela.


Percorremos o Museu do Vaticano e depois rumo à Basílica de São Pedro. Enorme. Com a arquitetura a representar os braços que nos abraçam. A “Pietá” linda precisa ser admirada de maior distância depois que aquele maluco a cortou e a protegeram com vidros à prova de tudo.





Pombos e turistas insistem em invadir a Europa. Mas o que falo se também sou turista? Preciso respirar um pouco. Preciso codificar todas essas informações. E... Respirar... Não tenho tempo para separar o que sinto o que vejo o que espero. Preciso de uma máquina digital para registrar o que vejo. À tarde é tempo livre e vou até à Piazza Veneza e percorro as ruas por perto e não a encontro. Pergunto a um vendedor de uma loja e ele me explica. Tomo o metro e vou até onde ele me indica. Mas, desisto... Começo a achar que ele me fez de otária. Volto para o centro da cidade e o que me espanta é que caminho facilmente por Roma. Também depois do emaranhado de Paris. Aprende-se e minha orientação espacial não é tão ruim assim como pensava... Preciso assinalar que nunca tomei tantos gelattos e cappuccinos como aqui na Itália. Não podia perder muito tempo, assim ia caminhando. Meus hábitos todos se modificaram... Não comi um só dia banana. São horríveis. Como croissants, queijos e tudo que pode engordar... Mas, ???

Já cansada no final da noite tomei o metro até a estação que me recomendaram, saltei e lá fui para o ponto de ônibus que me indicaram. Este, como demorou... Aos poucos hóspedes do mesmo hotel começaram a chegar o que me tranqüilizou porque não sabia ao certo onde saltar. Todos com cara de exauridos, cansados. Bem que Ana, a guia avisa: “vida de turista é cansativa”. Mas, tinha o cartão do hotel. E os motoristas italianos são extremamente pacientes. Eu disse motoristas... O pessoal do hotel... Alguns super amáveis, outros atacados.

Resolvi subir para o restaurante e jantar... Peço uma pasta. E para variar um vinho... Cansada, exausta. Será que agüentarei o resto? Esqueci de dizer que amanhã a alvorada é _ o ônibus sairá para Pompéia a 5,30 da manhã. Peço que o hotel me acorde, porque as tomadas aqui na Europa são diferentes e por vezes não consigo carregar o celular.

As roupas estão secando. Devo dizer que os chuveiros não são fixos e por vezes molho o banheiro. A sorte é que me dão duas toalhas. Preciso dormir e agora silenciar pés e cabeça. Vá dormir, Vera... E penso, amanhã será a festa do meu genro, Marcio. Será que minha filha conseguiu providenciar tudo? E meu celular sem bateria. Vá dormir, Vera. Silencie sua mente que amanhã é outro dia. Mas, que você está com saudades deles está... E Luisa e Sofia como estarão? Como gostaria de viver o suficiente para viajar com elas... Mas, será que elas gostariam?