terça-feira, 6 de abril de 2010

Quando as aguas desaguam o Rio de Janeiro desaba e chora lágrimas de dor com o descaso de sempre.


Vocês já se esqueceram que o Rio de Janeiro fica espremido entre o mar, as montanhas, e os rios que por vezes parecem calados, mas quando a chuva desaba, eles aumentam suas forças e para onde desaguam?
Igreja de Santa Luzia



O aterro como o nome diz foi aterrado, a praia de Copacabana, a Glória e a Gávea eram água. Para se chegar à Gávea embarcava-se num pequeno barco.

 Copacabana depois de ressaca

Copacabana




Lagoa e Ipanema






Moro no Jardim Botânico e de minha janela vejo o
rio dos Macacos descer com toda sua força quando chove. De repente ele some e passa por baixo do prédio ao lado e sairá lá no Jardim Botânico pròpriamente dito. Os canais por perto são alimentados por ele. Isto também acontece na Tijuca onde os rios são encanados, mas quando chove eles desencanam e espirram suas águas já sujas pela poluição e pelo descaso da população e governos. Mas, é impossível querer reter a força de suas águas que sempre coincidem com a maré que também sobe.



Vejamos o que está escrito abaixo sobre um projeto firmado entre a Petrobrás e a associação dos Amigos do JBsobre o rio dos Macacos. Vocês sabiam que ele ocupa 20% da área do jardim Botânico. Conseguem agora entender porque tudo fica alagado? A água não tem para onde ir.
O Jardim Botânico e o Rio dos Macacos têm uma relação harmônica. O rio que nasce no Maciço da Tijuca e percorre 4,6 km de encostas e vale, coleta as águas de chuva, alimenta as cascatas, o chafariz e os lagos, ameniza a paisagem e mantém a umidade necessária às plantas do parque e ainda compõe a bacia contribuinte da Lagoa Rodrigo de Freitas. Em contrapartida, a manutenção do jardim gera 500 m3/mês de resíduos (folhas, galhos, aparas de grama e troncos) e acolhe lixo de mais de 25 mil visitantes/mês.”

Percurso do rio dos Macacos






Quando as águas desaguam o Rio para e torna-se  um rio intransitável, feio, sujo, mal cheiroso. Suas encostas agredidas e mal tratadas respondem à altura. Rios e montanhas maltratam e ferem os  que arrancaram suas árvores, os que não os respeitaram, os que duvidaram de suas forças.

Assim é e assim será.



domingo, 4 de abril de 2010

A VIDA E' UM BANQUETE

A ceia de Jesus foi um banquete. Sua morte representa a renovação que todos temos que enfrentar a cada fase de nossa vida.

Carregamos a cruz, somos traídos, nos enfiam pregos e nos cospem. Crucificam-nos... Nossa alma sangra. Choramos lágrimas de dor e gritamos por socorro em vão. Precisamos sempre ir em frente. Com a cruz nas nossas costas doloridas. Com os pés em chagas. Pedimos água e não nos dão. Clamamos por um carinho e recebemos tapas. Pessoas que pensamos serem amigos nos viram as costas e outros surgem do nada.

Somos sós. Morreremos sós. Mas, a cada dia o sol renasce e alegra a nossa vida com seu calor e irrompemos calidamente para comermos chocolates e irmos para a praia e mergulhar nas suas águas que nos esquenta e nos embala. E’ a sabedoria da natureza.

Afirmava o filósofo Epicteto 55 d.C.

“Pense em sua vida como ela fosse um banquete em que você precisasse comportar-se com elegância. Quando as travessas forem passadas para você, estenda a mão e sirva-se de quantidades moderadas. Se uma travessa não lhe for passada, saboreie o que já está no prato. Ou, se a travessa ainda não lhe foi passada, espere pacientemente a sua vez.

Mantenha Essa mesma atitude de contenção e gratidão delicadas no trato com seus filhos, cônjuge, carreira e finanças. Não há necessidade de ansiar por alguma coisa, invejar ou apoderar-se do que for. “Você receberá sua devida porção quando chegar a sua vez.”
                                     
( Do Livro A Arte de Viver- O manual clássico da virtude, felicidade e eficácia- Uma nova interpretação de Sharon Lebell - Sextante)