quinta-feira, 7 de janeiro de 2010

Dia 22 de setembro


Dia 22 de setembro

Acordo depois de uma ótima noite. Primeira etapa café da manhã. Não encontro ninguém. Tudo na mesa para o breakfast, os pãezinhos embalados, mas e o café? Uma máquina com uns potinhos. Custo a entender que preciso colocá-los dentro da máquina e empurrar com força. Antes disto molho tudo e rio comigo mesmo. Vou até a cozinha e pego papel toalha para enxugar. Pronto, consegui. Estou orgulhosa de mim... Um casal jovem chega e tem o mesmo problema. Mas, quem ensina a eles? São australianos e não gostam de muita conversa, mas gentis.

Para onde irei hoje? O que falta ver? Resolvi ir até Vlila Borghese. O  felipino chega e me dá umas dicas. Preciso ir até à praça do Risorgimento. Foi o que fiz. No caminho vejo lojas que vendem roupas femininas em conta. E diferentes. Na volta darei uma olhada. E'uma cadeia de lojas que encontramos em várias partes de Roma. O nome é Chopin. Continuo meu caminho e eis que chego na Pazza Risorgimento.  Cheia de barracas de camelots. Uma de chapéus italianos me agrada. Decido comprá-los na volta. Preciso tomar um bonde  número 19.














E que tal o trem? Não é simpático?




O maquinista muito antipático não me responde se pode me avisar quando chegarmos na Vila Borghese. Uma senhora italiana entra. O bonde está vazio. Senta-se ao meu lado e diz em italiano que me avisará quando chegar. Agradeço e ela pergunta de onde sou. Brasil. Fala que tem uma irmã que trabalha numa fábrica de chocolate em São Paulo. Por vezes quando ela quer me entende, do contrário se faz de surda. Canta, chora no percurso e lá vai o bonde transportando italianos que se deslocam Já está cheio e aqui nem em Paris tem este negócio deixar os mais velhos sentarem. Só alguns mais bem educados. Os homens sempre com sapatos impecáveis e as mulheres mais velhas sempre muito pintadas. Mas, se cuidam. E lá vai o bonde e eu olhando tudo. Passamos por Vila Giulia e pelo Museu de Arte Moderna que ainda pretendo visitar. Agora já sei o caminho. De repente a senhora vira-se para mim e diz: Villa Borghese é passata”.



Salto imediatamente e nem sei o que pensar. Será que ela fez de propósito? Desço  meio perdida. Poucas pessoas passeiam por aí. Mas, vou andando e descubro outro lado de Roma.










Como não sou de ferro entro numa gelateria e peço um e aproveito para perguntar onde fica a Vila Borghese. Eles me explicam. Desfruto do passeio e consigo encontrar. Entro no museu para comprar ingresso. Para hoje não tem, só amanhã. As pessoas entram de duas em duas horas e eles só vendem para determinado número de pessoas. Compro para amanhã às 15 horas. Aproveito pra conhecer os jardins que são lindos...





















Não é deslumbrante?



Os Jardins da Villa Borghese são um grande jardim paisagístico à maneira inglesa situados em Roma na Pinciana. Contém numerosos edifícios, museus e atracções, dos quais se destaca a Villa Borghese Pinciana onde está instalado atualmente a Galleria Borghese. É o segundo maior parque de Roma. O primeiro é o Villa Doria Pamphili. Os jardins foram concebidos para o palácio construído pelo arquiteto Flaminio Ponzio segundo esboços de Scipione Borghese que o usou como vila de final de semana e que acomodou sua coleção de arte. Os jardins, tal se apresentam atualmente, foram refeitos no século XIX.

Depois de muito andar pelos jardins descubro que existe uma saída que chega na Piazza de Spagna. Lá vamos nós. Deparo-me com o que estamos vendo abaixo.







Mais um pouco. Conseguem ver a Basílica de São Pedro?



E aí comecei a descer até chegar na Piazza di Spagna.

















E de repente lá embaixo. Vocês viram quantas motos? Eles as usam e o transito é tranqüilo. E estou a caminho



Cheguei e preciso comer algo. Pizza e uma cerveja. Ando pelas ruas e conheço mais os hábitos dos romanos. Hora de voltar... Piazza Risorgimento, não encontro mais a moça dos chapéus. Mas, lembram-se que eu iria comprar roupas? Pois é. Entrei na loja para comprar uma saia, mas... A vendedora falou que tem a tax free. Aproveitei e comprei o que gostei. Por ela levava tudo. Chega, falei.Chego carregada de sacolas. Banho tomado, desço e encontro a trattotia da véspera fechada. Não faz mal. Uma lasanha noutro lugar também repleto de turistas. Amanhã já sei o que fazer. Vocês continuarão a me acompanhar ou já estão exaustos?