quinta-feira, 25 de abril de 2013


A CRIADA

Filme sem maiores pretensões demonstra relações conturbadas entre patroa e empregada. Tanto tempo numa casa, 20 anos, a cuidar dos filhos dos outros, da casa do outro sem ter um desejo seu. A revolta  se acumula sem que se aperceba. Sem família, a criada é apenas uma criada que mesmo sendo festejada em seu aniversário é apenas uma criada.

Deseja sair deste lugar e ao mandar nos filhos da patroa que não são os seus e ao não querer nenhuma colega para ajudá-la e sempre a se sabotar com sua dor de cabeça permanente começa a perder o senso de realidade com a raiva que a assola.

Eis que surge uma colega que não reage e lhe mostra que existem outros caminhos a seguir. A solidariedade. Ela compactua com medo, mas vai. E no final descobre que é preciso correr, sim correr atrás dos sonhos e caminhadas. Não dá para ser feliz cuidando do que não nos pertence! A família da patroa não é a sua. Mas, sua individualidade, sim!

terça-feira, 9 de abril de 2013




“Anne se esquecerá de sua adolescência e eu não, ela teve as carícias de Jean Azevedo, desde os primeiros gemidos de um menino que será seu duende sem mesmo tirar sua camisa. As mulheres da família negam sua existência individual. Esta doação total à espécie é bela; sinto a beleza desta negação, desta anulação. Mas, eu, mas eu!” (tradução minha).

Thérèse inveja sua amiga tão simples que ousara se aventurar e se apaixonar por um jovem desconhecido sem estirpe. Ela casou com Bernard na pretensão de dissipar sua angústia e apaziguar seu desejo de liberdade de pensar e agir!

No entanto, o casamento com sua rotina e o racional de Bernard só lhe trazem tédio desejando fugir daquela situação. “Um homem como você, Bernard, conhece sempre as razões de seus atos, não é?”.


Thérese Desqueyroux, romance de François Mauriac me fascinava entre os 16-18 anos. O livro encontra-se intacto assim como minha memória. Ficava eu um pouco assustada porque admirava Thérèse e ela havia envenenado seu marido Bernard. Naquela época tinha receio de estar compactuando com um crime mesmo que fosse   na imaginação. Vendo o filme, revivi a história e compreendi que naquela época já me era curioso o drama e a angústia humana.

Metafòricamente o veneno que Bernard tomava  todo dia – arsênico- se compara aos

 remédios e drogas que utilizamos para  apaziguar nossos conflitos. E o veneno que Thérèse dava ao  marido é o que fazemos inconscientemente envenenando dia a dia com algumas gotas nossos relacionamentos porque achamos mais fácil nos livrarmos de quem pensamos que nos aprisiona do que olharmos para nós e vermos que  somos nossos verdadeiros carcereiros!


quinta-feira, 7 de março de 2013


Ao assumir uma postura interna de agradecimento vibro emoções positivas e distribuo alegria. Minha autoestima aumenta contribuindo para a energia de abundância existente no Universo.

Faça hoje um elogio a você. Sou maravilhoso(a). Ou quem sabe :  Sou bom amigo(a). Qualquer coisa. Mas faça uma afirmação elogiosa para você.

Amanhã faça para todas as Mulheres que surgirem no seu caminho. Fácil não?

Compartilho uma poesia de Bert Hellinger do livrto Pensamentos a caminho.

AGRADECER


Agradecer significa:

Tomar o que me é dado,
segurá-lo com respeito nas mãos,
acolhê-lo dentro de mim,
em meu coração,
até que percebo internamente:
agora é uma parte de mim.

Agradecer é também:
aplicar o que me foi dado
e se tornou uma parte de mim
numa ação que permita a outros
alcançar também
o que me enriqueceu.

Só então o que me foi dado
Alcança sua plenitude.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

IDADE MÉDIA E A IGREJA

O Penitencial Cumeano do Século VII representava os manuais usados pelos padres no confessionário durante inícios do período medieval. Os pecados homossexuais eram assim tratados:


Beijo: Transgressores abaixo dos 20 anos de idade:
          Beijo simples – Oito jejuns especiais
          Beijo licencioso – Sem ejaculação, oito jejuns especiais
         Beijo com ejaculação ou carícias – dez jejuns especiais

       Transgressores acima dos 20 anos de idade:
       Aqui não havia distinção. A penitência era viver em continência,
       comer   separadamente ( a pão e água) e ser excluído da Igreja.
      A  duração   dependia do confessor

Masturbação mútua: Por homens acima dos 20 anos
      Vinte ou quarenta dias de penitência
     Cem dias quando de u,ma segunda transgressão
    Se habitual, as pessoas envolvidas seriam separadas e farão penitência
     durante um ano

Conexão interfemoral:
Penitência de dois anos
Ou 100 dias para a primeira transgressão e um ano para a segunda.
 A primeira para os acima dos 20 anos e para o clero. A segunda para os abaixo dos 20 anos e para os leigos.

Felação:
 Uma penitência de quatro anos

Sodomia:
Sete anos de penitência



       

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013


Na minha pesquisa "A cultura da felicidade", 32% das mulheres dizem que não são felizes por serem perfeccionistas, insatisfeitas, críticas, ocupadas, preocupadas, estressadas, inseguras etc.
No entanto, 60% afirma que quer ser mais feliz, leve e divertida.
Elas deram inúmeras dicas para a conquista da felicidade, tais como:
não ser tão crítica com os outros e consigo mesma;
não se preocupar com a autoimagem;
não se cobrar tanto;
não aumentar pequenos problemas;
não se preocupar com a opinião e a aprovação dos outros;
não se levar tão a sério;
não querer ser perfeita;
não ter vergonha do próprio corpo;
não se comparar com mulheres mais jovens, magras e gostosas;
não se olhar muito no espelho;
não conviver com pessoas negativas, agressivas e invejosas;
não fingir orgasmos;
não desperdiçar o tempo com pessoas desagradáveis e fofoqueiras;
não ir a eventos sociais por obrigação;
não responder a todas as demandas de amigos, familiares ou colegas de trabalho;
não dividir o prato só para ser gentil;
não atender aqueles que só sabem pedir ou reclamar (e nunca dão nada em troca);
não emprestar dinheiro nem para o melhor amigo;
não pedir dinheiro emprestado nem se for para o melhor amigo;
não aceitar encomendas quando viajar;
não pedir nada para os que vão viajar;
não ser fiador de amigos ou parentes;
não mendigar amor, atenção e reconhecimento;
não se fazer de vítima;
não achar que é o centro do mundo;
não deixar para amanhã o que pode resolver hoje;
não ter medo de dizer não.
Uma professora de 65 anos disse que descobriu o segredo da felicidade. "Li que o lema da Hillary Clinton é 'foda-se'. Hoje, sou como ela. Não me interessa a opinião dos outros, se gostam ou não de mim e se fazem fofocas. Aprendi a ligar o botão do 'foda-se', passei a dizer não e minha vida ficou muito mais leve."
Ela citou uma frase da atriz Marília Pêra, de 70 anos, para exemplificar a importância de dizer não para ser mais feliz. "A Marília Pêra recusou um projeto importante e uma jovem atriz disse: 'Lógico que você pode dizer não, você é a Marília Pêra!'. Ela respondeu: 'É exatamente o contrário. Eu só sou a Marília Pêra porque aprendi a dizer não'."
Será que é tão simples assim o segredo da felicidade?

Reportagem publicada na Folha de São Paulo
Mirian Goldenberg

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

http://www.youtube.com/watch?feature=player_detailpage&v=yeCjAJepywA



Como primeira  postagem do ano colocarei um resumo de uma história Sufi que nos introduz a pensarmos sobre nossa jornada.


Fátima a Fiandeira.

Uma jovem chamada Fátima, filha de um próspero flandeiro viajou a negócios com seu pai. Quando se dirigiam para Creta o barco naufragou. Sei pai morreu e ela deparou-se numa praia perto de Alexandria.

Vagando pela praia uma família de tecelões a encontrou. Eram pobres, mas cuidaram dela e ensinaram seu ofício. Durante dois anos assim viveu feliz. No entanto, um dia estando na praia um bando de mercadores de escravos a raptou. Levaram-na para Istambul e a venderam como escrava. Pela segunda vez seu mundo ruiu.

Um homem apareceu para comprá-la para livrá-la de ser escrava. Sua intenção era fazê-la criada de sua esposa. Mas, ao chegar em sua casa soube que perdera todo o dinheiro de um carregamento roubado pelos piratas. Assim tiveram que fabricar mastros. Fátima mais uma vez aprende este ofício.

Ume belo dia ele pede que Fátima vá a Java para vender os mastros com lucro. Quando o navio estava na costa chinesa um tufão o faz naufragar. Fátima chorou amargamente e pensou: Por que será? Por que devo passar por tudo isto?

Não obtendo respostas levanta-se. Naquela época existia uma lenda que uma moça chegaria e faria tendas para o Imperador. Na frente deste quando questionada se saberia fazer tendas, respondeu que achava que sim. Pediu cordas, mas não tinham. Lembrando-se dos seus tempos de fiandeira pediu linho e fez as cordas. Pediu um tecido resistente, mas não tinham. Resolveu tecer um tecido forte. Percebeu que precisava estacas e eles também não tinham. Fabricou estacas firmes. Desta maneira uma tenda foi construída.

Quando a tenda foi mostrada ao Imperador ele ficou maravilhado e disse que cumpriria qualquer desejo dela. Ela escolheu se casar com um belo homem e compreendeu que o que em cada ocasião lhe tinha parecido ser uma experiência desagradável terminou sendo parte essencial para a sua felicidade.