sábado, 28 de novembro de 2009

Conhecendo Paris

Paris



PARIS. Estou no aeroporto de Paris. Passo pela alfândega que é muito mal educada com os não europeus. Graças, minha mala chegou. Lá fora está uma pessoa com uma dessas tabuletas com meu nome. Aguardamos outras pessoas chegarem de outros vôos. Primeiro susto. Uma coca-cola 4 euros. Um homem e 5 mulheres chegam de Farroupilha, e duas meninas de São Paulo. Já estamos na van que nos leva ao hotel. Os gaúchos não ficarão no mesmo hotel. As meninas, sim.

Chegamos ao hotel. Os quartos ainda estão sendo preparados. Não temos tempo a perder. Pergunto se posso ir com elas. Claro... Nossas malas ficam na Recepção e depois de irmos ao banheiro e escovarmos os dentes partimos para a nossa primeira e maravilhosa aventura em Paris. O nome delas? Stela e Marina. Stela me recebe melhor. Marina é mais reservada e com ótima orientação espacial. Se não fosse ela estaríamos até hoje a olhar aquele mapa intrincado do metrô de Paris.

Estamos no metrô com poucas pessoas e esquisitas. O hotel fica na periferia, mas ao lado tem uma estação de metro. Precisamos trocar os euros para comprar os bilhetes. Compramos um tipo de croissant grosseiro num quiosque de um chinês. Desses que existem aqui no Rio de empada, etc... Foi o que nos salvou da fome durante boa parte do dia. Devo dizer que já eram mais ou menos duas horas da tarde de lá. Euros trocados, nós diante daquela máquina. E nada. Tento falar meu francês, mas ninguém para. Até que Stela fala. Fica quieta. Faz uma cara de menina abandonada, aborda um senhor francês bem vestido e ele prontamente, solicitamente ensina como mexer naquele treco. Penso: homem, principalmente mais velho em todo lugar é o mesmo. Adora ajudar menininhas perdidas.. Imediatamente Marina e eu também compramos os nossos e entramos no metro. Vagão velho, esquisito, em que as pessoas precisam acionar as portas para que elas se abram. Sinto-me uma menina da idade delas, só tenho medo de atrapalhá-las com meu andar.



Essa é Marina a entendida e eu? Tentando entender.

Saltamos na estação da Tour Eiffel. Andamos um pouco e lá estamos nós diante daquele gigante. A primeira coisa que consegui fazer foi levar um tombo não percebendo um pequeno degrau. As meninas ficam preocupadas. Joelho ralado, o pulso inchado. Coloco a mão na água do lago.

Essas duas são elas. E eu onde estou? Escondida do lado direito com a mão no lago. Lembro-me da minha filha. Cuidado para não cair com a sua ansiedade!!!!!!!..... Rio comigo mesmo e prometo só contar quando chegar ao Brasil







Meu tombo foi aqui


Tour Eiffel dignamente aplaudida e por mim reverenciada de joelhos passamos para outra etapa. Vamos tomar o bateau e ir saltando nos pontos? Aprovado. Corremos para lá e na espera finalmente degustamos o tal do croissant. Elas se maravilham. Eu não gosto de coisas doces, mas o que fazer? Como metade para tapear o estômago.

“Inaugurada em 31 de março de 1889, a Torre Eiffel é símbolo da Era do Ferro Fundido. Foi construída para comemorar o centenário da Revolução Francesa. Era para ser uma estrutura temporária, mas decidiu-se não desmontá-la. O comitê do Centenário escolheu o projeto do engenheiro Gustave Eiffel ( 1832-1923), de quem herdaria o nome, da torre com uma estrutura metálica que se tornaria, então, a estrutura mais alta do mundo construída pelo homem. Com 317 metros de altura, possuía 7300 toneladas quando foi construída, sendo que atualmente deva passar das 10000, já que são abrigados restaurantes, museus, lojas, entre muitas outras estruturas que não possuía na época de sua construção.” (Wikipedia) Inclusive diria eu: admiração, empolgação, críticas e outras coisitas mais que pesam.




Mas, será que ela é tão pesada assim? O que acham? Marina é forte, não?







E lá vamos nós deslumbradas e felizes admirando tudo sem saber para onde olhar.






















Segunda Parada: Notre-Dame





Como é grandiosa e magnífica. Tantos detalhes que nos comovem. Tanta riqueza e suntuosidade... Tanto esmero em construir uma Notre Dame... Turistas entram e saem. Uma musica baixa e suave nos hipnotiza. Faço meus 3 pedidos e rezo. Cuide de minha família e de meus amigos. Que o mundo seja mais doce. Que haja mais paz no universo. Que o Belo supere o Consumo. Minhas lágrimas caem de emoção. Estou feliz. Estou grata por estar aqui. Para ver todos os detalhes talvez sejam necessários quantos meses? Não fomos até o alto. Precisamos continuar nosso caminho. Eu voltarei a Paris, mas as duas terão apenas 3 dias.





A Catedral de Notre-Dame é uma das mais antigas, em estilo gótico sua construcão foi iniciada em 1163 e é dedicada como o nome diz à Maria, mãe de Jesus. Parece que os celtas já utilizavam o local como sagrado e depois os romanos reverenciavam o deus Júpiter neste local.. Tem uma grande força e está num ponto que dizem concentra as energias de Paris.

O abade francês Abbot Suger reparou que sua igreja (St. Denis) ficava tão cheia que ninguém conseguia se mexer. Daí resolveu demolir as paredes, aumentar as pequenas janelas românicas iluminando a igreja. Ele é considerado o criador do estilo gótico. Os arcos ogivais, a amplidão do espaço, as luzes irrompendo dos vitrais _ parece que são mais de duzentos _ como se fôssem o clarão divino fariam com que o indivíduo segundo Suger fôsse “transportado deste mundo inferior para um mundo elevado”




Realmente a sensação é de paz quando no interior. No entanto os arquitetos-engenheiros da época, cada um queria construir a mais suntuosa e mais alta. Notre Dame é produto desta ambição. Victor Hugo a chamou de “grande sinfonia de pedra”.















A foto abaixo é’ só para comparar o tamanho da igreja com a Stela. Mas, ela não é uma gracinha? A Stela é claro. Não deu para vê-la não é mesmo? Não faz mal. Calma, ainda temos muito a caminhar.





















• Na praça Parvis, em frente à fachada ocidental da catedral, encontra-se no pavimento uma placa de bronze que representa o ponto zero a partir do qual todas as distâncias das estradas nacionais francesas são calculadas.








Terceira parada: Pipi, Pão e Água



Saímos daqui e fomos imediatamente, adivinhem, para onde? Procurar banheiro e beber água. As torneiras tanto em Paris como na Itália ficam nos lugares mais diferentes. Algumas são pedais, outras botões acima do nosso olhar. E’ procurar para poder lavar as mãos. E eles não estão preocupados com a água que jorra...Na fila do banheiro uma bela senhora francesa. Elogio e digo que as parisienses são muito bonitas. Ela me pergunta de onde sou. Do Brasil. Ah, não conheço. Minha amiga foi e gostou falou ela. Ficou feliz com meu comentário.

Eu, já faminta comprei uma bela baguette francesa com camembert. Enorme, não a comi inteira. Insisto que as duas me ajudem, mas só a provam.

Dali partimos para as margens do Sena. Pinturas, cartões postais, tudo nos seduz. Queremos comprar tudo. Mas, precisamos pegar o bateau. Percorrendo o resto do caminho decidimos depois saltar no Museu d‘Orsay. Vocês estão cansados? Nós ainda não. Querem continuar ou desistir?

Quarta Parada: :

O Museu de Orsay (musée d'Orsay ) situa-se na margem esquerda do rio Sena As colecções do museu apresentam principalmente pinturas e esculturas da arte ocidental do período compreendido entre 1848 e 1914. Entre outras, estão aí presentes obras de Van Gogh, Monet, Degas, Maurice Denis, Odilon Redon. Existem também exposição temporárias que decorrem paralelamente à exposição permanente.






Originalmente era uma estação ferroviária, Gare de Orsay, construída para o Chemin de Fer de Paris à Orléans no local onde se erguera até 1871 um antigo palácio administrativo, o Palais d’Orsay. Em 1939, deixou de ser o terminal da linha que ligava Paris a Orleães devido ao comprimento reduzido do cais, passando a ser apenas uma estação da rede suburbana de caminhos de ferro, e mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial serviu de centro de correios. A estação foi fechada a 1 de Janeiro de 1973.

Em 1977, o Governo francês decidiu transformar o espaço num museu. Foi inaugurado pelo presidente de então, François Mitterand, a 1 de Dezembro de 1986. Os arquitetos Renaud Bardon, Pierre Colboc e Jean-Paul Philippon foram os responsáveis pela adaptação da estação.” (Wikipedia)











Van Gogh ( La chambre de Van Gogh à Aries, 1889)
















Renoir( Bal Du Moulin de La Galette, 1876)














Monet e Stela perplexa com sua obras. Ela não sabia... E eu, sabia? Mas, que tal um pouco mais de Monet?



 ( Le Déjeneur, 1873) - Monet












Manet no “Le déjeneur sur l’herbe que foi um dos quadros mais rejeitados _ O almoço sobre a relva _ “ O que esta tela declarava era a profunda e escandalosa liberdade do pintor, que várias vezes, ao longo da sua trajetória pela arte escandalizou os espectadores do Salon. Por trás de um título aparentemente inocente, esconde-se um pintura com um força incrível, capaz de chocar o mais distraído espectador. A modelo e o homem sentado ao seu lado olham diretamente o espectador, e a modelo, com o rosto seguro pela mão direita, não se inibe de sorrir ligeiramente, exibindo uma aparência segura e plena de sensualidade.

A cena no bosque ou num parque dos muitos que existiam e ainda existem em Paris marca também pelo seu exotismo e pela interessante paleta de cores que se desenrola lentamente em cada pedaço da tela, exibindo ostensivamente o castanho e o oliva. Efectivamente, o castanho é a cor mais explorada nesta composição, sendo que se espalha pelos primeiro e segundo planos da pintura em vários tons. Contrastante com a elegância dos dois homens, exibe-se a nudez da modelo Victorine Meurent, a modelo favorita de Manet. (Wikipedia).

Agora sei porque gosto tanto deles assim... Renoir jamais retrata algo triste. Van Gogh é a angústia e loucura em pessoa. Começou a desenhar com carvão quando trabalhava nas minas de carvão e depois começa a frequentar aulas de pintura com seu irmão Théo e se apaixona por Gauguin cortando suas orelhas. Será que foi por ciúme ou inveja? Possessividade? Usa as cores primárias que todas as crianças amam. Manet é a sinceridade que não quer mais retratar deusas mitológicas e escandaliza a todos com os nus. O que atualmente as revistas de play boy e outras fazem... Monet é o romântico... Cores suaves que fazem nos divagar... Gauguin o diferente ou corajoso de enfrentar seu desejo? Larga família rica e vai para o Haiti e retrata as mulheres sensuais que ama... Degas? Nada sei sobre ele. Esperem... “Mesmo quando trabalha a partir da natureza, a pessoa tem que compor”. Compor? Dançar, é isto? Com cores claras e suaves e depois ácidas... E’ a vida não? No início suave e depois, um pouco ácida? Degas, gosto das cenas de ballet, mas não teve a ousadia de dizer... Somos ácidos... Seus cartões servem para minhas netas ao apresentarem ballet. Mas, e depois? Será que eu estou ficando ácida? Não gosto de tristeza, sou angustiada, romântica, sincera, por vezes azeda (comigo mesmo) e ácida, e outras corajosa quando largo tudo para ousar... Mas, o que mais me seduz é a imaginação. O campo do imaginário e do inconsciente. Rousseau. Acertei. E’isto. Bingo...


A Encantadora de Serpentes (1907)

Eva, serpente sempre seduziram o homem. Não tenho tempo para conjecturas, mas outro dia talvez poderemos falar da Árvore da Vida, da Cabala que insinua nosso movimento na vida como se fôssemos uma serpente.


Stela e Gauguin. Vocês conseguem imaginar a emoção? Eu apaixonada por Monet, Manet, Degas, Gauguin, Renoir, Van Gogh diante de suas obras? Vocês conseguem ? Não. Duvido. Só sei que comprei gravuras, um livro sobre Claude Monet au musées d’Orsay e cartões postais.






Sim, é o teatro do Chat Noir. Não é maravilhoso?
















Saimos felizes pela “porta assassina como chamou Stela depois de admirarmos o museu inteiro e ao lado a porta  assassina.












Convido vocês a virem tomar um chá no meu salão. Momentaneamente está emprestado para a Stela, mas ela jurou que devolverá os móveis até o chá das cinco. De amanhã, porque hoje nem sei que horas são. Que tal?




Durante o percurso pelo museu sinto um odor desagradável. E vi que o queijo dentro da mochila exala o forte cheiro que penso vir de mim pelo dia sem banho. Que nada. Na volta demos cabo do pão e do queijo. E depois de olharmos as horas, lá vamos nós de volta. Com a cabeça e coração borbulhando de emoções, informações, etc.

Faltou o relógio que é maravilhoso...






Que tal? O Museu d ‘Orsay visto do Sena. Conseguem nos ver comendo o resto do pão? Conseguem nos ver com as mochilas repletas de gravuras?









Quinta Parada: Hotel e Restaurante


Vocês pensam que nosso dia terminou? Volta ao hotel. Encontramos nossas malas já dentro do quarto. Esse é confortável, com cama de casal. Só que o cartão magnético não abre a porta. Preciso descer e chamar alguém que ajude. Fico contente de poder falar em francês. Tomo finalmente meu banho, lavo os cabelos e os seco. Coloco uma roupa e saio para examinar e escolher onde comer em frente ao hotel. Depopis de muita hesitação, escolho um e peço um prato que finalizou a noite com cinco estrelas. Um maigret de canard ( peito m feito com pasta   (espaguete). De repente, eis que surgem as meninas e sentam na minha mesa. Não estamos felizes? Temos a imagem de pessoas cansadas?













Uma delas escolhe um macarrão a carbonara e vejam o que surge.


Mas, não espalhem, ela comeu e deliciou-se. Lambeu até os dedos...


terça-feira, 10 de novembro de 2009

Diário de um ano por vir

Inicio de um novo caminhar para viver
e por vezes reviver o querer.
Feliz ano 2009
O coração é ficar com o acontecer.

Mas, por favor,
não me fale de formas
enquanto não encontro outra para o amar.

A solidão é uma leitura sempre cega
para os que não conseguem enxergar.

Por favor, não me fale de lembranças
Por favor,
Se cale.

O momento da dor
reflete o espelho da cor
que se esvai a cada dia no meu olhar.

Por favor,
nada fale.
Minha voz irradia
o profundo amargor de um amor
que não sobreviveu em paz.


Dia dos Reis, 6 de janeiro de 2009.


Reis ou rainhas de que? Dos sonhos que se foram ou dos risos que não podem mais existir? Desarmo a árvore de Natal que significa: desarvore-se do porvir que nunca será como projetou.

Guarde tudo bem guardado e jogue fora tudo que não presta. O futuro? Paris – Roma. Paris me espera com seu sorriso e seu charme. Há quanto tempo? Paris sempre me seduziu. Pacientemente aguardou que eu vivesse tantas coisas... Meu sonho sempre foi protelado. Mas, há quanto tempo espero você Paris? Será que nos seus braços poderei ter um pouco de paz?

Memórias antigas me preparam. Livros lidos sobre Toulouse-Lautrec, Gauguin, Picasso, Van Gogh, Sartre, Simone de Beuavoir, Lacan, Annouilh etc... Uma língua aprendida desde os 6 anos. Minha primeira diretora era francesa. Meu sobrenome francês.

Memórias antigas me perseguem e dizem que lá percorri suas ruas principalmente as do Quartier-Latin. Talvez um dia tenha aconchegado muitas mulheres em um bordel em bom francês. Brinco dizendo que fui puta de luxo igual Dona Beija com muitas roupas vermelhas e jóias de ouro. Cultivando e misturando como boa libriana o luxo, a arte, a inteligência, a finesse, o belo, a sensualidade e sobretudo o amor e a angústia humana que tão bem Sartre definiu.

Quantas roupas levar se me sujo igual uma criança com os molhos? Principalmente os de tomate. Hoje mesmo saí do restaurante e ao olhar para baixo vejo minha blusa manchada de que? Molho de tomate. Sou assim e quando criança diziam que era igual ao meu pai. Estabanada. Pura falta de coordenação motora com um misto de ansiedade.

Andarei de bicicleta ou de ônibus? Conseguirei não trazer todos os livros? E as gravuras? Perfumes? Meu pai me presenteava com Ma Griffe. Hoje em dia ninguém faz propaganda. Use Ma Griffe. Sou de pouco usar perfumes. Mas, preciso trazer um pouco do cheiro de Paris e da minha infância. Acima não mencionei que deveria jogar, tudo que não presta, fora? Mas, não dá… Ma Griffe, palmiers e orquídeas rimam com meu pai. Que saudades, meu pai.

E depois, Itália: Veneza, Florença, Assis, Roma. Cultura ancestral – latim, etruscos, Coliseu, romanos, arte.

Agradeço aos deuses o privilégio de usufruir cada momento. Comprarei um “cahier” em Paris, primeiro destino para anotar minhas impressões, sugestões e comparações.

Vocês terão paciência de me acompanhar? Sigam. Eu lhes prometo algo de novo. Talvez um banho de paz. Talvez um cheiro de cor. Prosseguimos? Quando será a viagem? Só em setembro. Aqui no Brasil, primavera. Lá, outono. As folhas caem. Época de jogarmos fora o velho. Vocês estão preparados? Será que estou?




Carnaval de 2009


Amigos gentis. Presenças ausentes. O que é um momento difícil? Aquele em que se pede socorro ou aquele em que se espera ansiosamente que algum amigo apenas fale sem que você precise a ele recorrer? Descobri hoje. Sou minha melhor amiga – e muito gentil para todos os momentos difíceis.

Um novo porvir apesar da rinite horrível que me lembra: és humana. Existe sempre uma saudade a me perseguir. Sou Maria, Vera Maria que brilha de dia, mas que à noite estou de trabalho, cansada. E parece que sempre numa cadeira antiga.

Rasgo sempre meu coração. Rasgo minha alma e encontro alegria no sorriso das minhas netas...

O sol voltou a brilhar e uma nova vida aparece nesse vazio. Até a casa faz barulhos como se existisse alguém a passear.

O que não sei?
Por que?
Fico triste porque o telefone hoje ficou mudo.
O que não sei?
O amor se dissolve?
Quando os dois amam
ele não se dissolve
Te envolve.

Não existe reencontro
Nem canto que não tenha partidas.
Parece sempre que estou de partida
ou quem sabe repartida?

Tento dormir e...
Acorde...
Um instante é uma vida inteira
que não se desfaz?
Triste e só.
O tempo esvoaça
E para onde vou?
Paris.


segunda-feira, 9 de novembro de 2009

A Mulher no espelho

A mulher no espelho
Olho-me no espelho
A vida me venceu
Levou minhas ilusões
Perdi a aposta
Que alcançaria todos os meus sonhos
Olho-me no espelho
Sinto-me forte.
Olhando para trás
Vejo minhas conquistas
Alcanço o que perdi
No desejo do amanhã
Olho-me no espelho
Encaro minhas rugas
Como marcas da minha vontade de viver
Olho-me no espelho
Consigo apenas ver
A beleza de ser mulher...